N/A: Olá queridos leitores! Saudades de mais uma aventura? Pois é, eu também estava e esta é a primeira parte de mais um mistério (dessa vez macabro) para os nossos Karas resolverem... Ou não hehe. Sobre o final do último conto: vocês terão que esperar... ;)
Boa leitura!
Londres, 1995
Miguel sabia que não tinha sido enganado. Não, não se enganou. Tudo o que aconteceu na festa da última sexta-feira aconteceu de verdade, porque se não tivesse acontecido, ele não seria capaz de lembrar, correto?
Então porque ela o estava ignorando?
A moça em questão estava muito concentrada no trabalho do outro lado da sala. O silêncio era torturante e Miguel não sabia o que fazer, pois nunca tinha passado por uma situação como aquela nos breves relacionamentos que já teve. Nenhuma garota lhe deu o gelo antes. Bom, nenhuma garota comum pelo menos.
Miguel conseguia fechar os olhos e visualizar toda a cena novamente. A música que tocava, as pessoas que dançavam ao redor, eles dois abraçados na pista de dança, o beijo, ela correspondendo com entusiasmo pela forma como o segurou pelo pescoço...
E num instante, ela tinha sumido, deixando Miguel sozinho na festa. O rapaz nunca se sentiu tão triste em voltar para casa cedo.
O porta-retratos com a foto dos Karas estava em pé em cima da mesa. Miguel há muito tempo desejava ter um dos amigos por perto para ajudá-lo a lidar com aquela situação. Sentia-se muito estúpido. Infelizmente era um sentimento rotineiro.
Levantou-se com a desculpa que ia esticar as pernas.
— Quer café, Dani? Eu pego para você.
A moça levantou os olhos do computador e o fitou. Em seguida, apenas acenou com a cabeça com um sorriso amarelo. Miguel foi até a copa, pegou duas xícaras de café e voltou para a sala colocando a xícara com o café mais espumante na mesa de Dani.
A porta da sala estava aberta e duas moças passaram com olhares desconfiados para os dois e dando risadinhas. Dani se remexeu na cadeira e Miguel franziu a testa.
— O que há com elas?
— Nada. Nada importante, sério — Dani bebeu do café e fez uma careta por estar quente demais
— Ai!
Ela acabou derrubando o café sem querer na manga da camisa de Miguel que deu um pulo de surpresa.
— Ai meu Deus, Miguel, me desculpe!
— Tá tudo bem, tudo bem — ele segurava as caretas de dor pelo café quente na pele do braço e no rosto respingado — Eu posso ir para casa trocar.
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Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)
Fanfiction[Vencedora do Wattys 2018 na categoria Remixadores] E se as coisas tivessem seguido um curso diferente para Crânio e Magrí do que foi apresentado em A Droga da Amizade? Qual poderia ser o destino do casal e dos Karas? Para responder isso, é necessár...