A Tempestade

288 8 130
                                    

N/A: Olá Karas, quanto tempo! Estava com saudades daqui! Com esse final de ano chegando, o tempo também encurta, mas vou me esforçar para manter a fic atualizada. Caso ocorra imprevistos, eu aviso no perfil e no Twitter :)

Espero que tenha muitos fãs de Calú e Peggy por aqui, viu? Porque esse conto é só deles, daquelas histórias de amor fofinhas que eu amo. O conto é bem singelo, tal como eu imagino os dois <33

Boa leitura!

Boa leitura!

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


Nova York, 1995

O reflexo bonito no espelho fitava Calú de volta. O rapaz estava quase pronto na caracterização do próximo personagem que daria vida, Ferdinando de A Tempestade, mais uma peça de Shakespeare para o seu brilhante currículo.

Calú sentia-se afortunado por estar de volta aos palcos após uma longa temporada na televisão. Para ser franco, o jovem estava feliz demais por sair da frente das câmeras e diretores hollywoodianos mal humorados e "voltar para casa" que era o teatro. Os palcos não eram tão lucrativos, mesmo em Nova York, em comparação com os filmes e séries de TV, e ele trabalhava muito mais junto com a agenda lotada. Contudo, aquilo dava uma satisfação a ele que não conseguia por em palavras.

Calú ajeitou novamente o figurino tentando não se sentir exposto demais por aquela calça legging que apertava o calcanhar e partes íntimas — ossos do ofício, diria o pai se o visse agora. Pensar na família despertava saudades no jovem ator. Não foi tão fácil convencer os pais a deixá-lo seguir carreira na atuação quando ele se formou no Colégio Elite. Foram longos dias de discussões e muita persuasão por parte dele para convencer os pais a deixá-lo ir para Nova York estudar artes cênicas. Por fim, eles cederam aos apelos de Calú, mas o garoto teve que adiar a viagem em quase dois anos após ter sido convocado para servir o Exército, junto com Miguel e Crânio.

Para não botar mais lenha na fogueira com os pais, Calú adiou a viagem e se juntou aos amigos, e agora anos depois de todos esses acontecimentos, ele estava grato por ter tomado essa decisão. Os quase dois anos servindo o Exército foram uma das melhores fases da sua vida, perdendo apenas para a fase que vivia naquele momento.

O rapaz sorriu pelas lembranças... Ele, Miguel e Crânio se aproximaram de tal forma, que seria quase impossível separar os três depois de tantas aventuras, apuros e castigos que passaram juntos no quartel. Quase, quase impossível se não fosse o ciúmes de Miguel com Crânio por causa de Magrí que estragou tudo. Calú tinha vontade de dar um belo soco no dos dois para eles criarem vergonha na cara e se entenderem de uma vez.

Ele fitou a fotografia fixada no espelho. Aquele sorriso doce e os olhos bonitos sempre o acompanhavam de camarim a camarim, de trabalho em trabalho. O rapaz gostava de dizer para a namorada (ou melhor, noiva) que ela era o seu amuleto da sorte, e a sorte de fato sorriu para ele e Peggy nos últimos anos. Era irônico que a vida amorosa de Calú tinha muito menos dramas do que a de Miguel, Crânio e Magrí.

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora