Affari di Famiglia - Parte III

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N/A: Olá leitores queridos! Espero que a demora para atualizar dessa vez seja compensada pelo tamanho que ficou essa última parte :o Quero dar os meus parabéns ao Pedro Bandeira por conseguir escrever cinco livros com suspense e mistério sem surtar, porque a pessoa aqui escrevendo um conto quase enlouquece hahaha! Não é fácil e minha admiração por ele só aumentou depois dessa experiência.

Mas chega de falatório. Aconchegue-se e boa leitura ;)

No dia anterior, São Paulo, 08:30 da manhã

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No dia anterior, São Paulo, 08:30 da manhã

Magrí tentava em vão manter-se calma, enquanto pelo rabo de olho via Crânio remexer-se desconfortavelmente na cadeira ao lado dela. O restaurante, ou melhor, a cantina no bairro do Bixiga não estava muito cheia, apesar de alguns alunos de escolas próximas estarem tomando o café da manhã em meio à risadas e conversas frívolas.

Ninguém do Colégio Elite frequentava aquele lugar, então era a escolha perfeita para encontrar um agente da Interpol sem ninguém desconfiar de nada. Os dois continuaram em um silêncio tenso - Magrí beslicava alguns biscoitos e bebericava do seu chá, enquanto Crânio tomava uma xícara de café atrás da outra.

A menina sabia que quando ele fazia isso era sinal de que o garoto estava apreensivo e que não queria falar. Sendo assim, ela evitou puxar qualquer assunto, por mais que estivesse morrendo de curiosidade para saber mais a respeito do tal agente e do porquê Crânio querer a ajuda dele.

Finalmente, o gênio dos Karas deu sinal que o tal agente Tyler havia chegado. Ele fitou um homem alto com cabelo cor de areia que adentrou o restaurante com olhar desconfiado. Os olhos cravaram no garoto, este que sentou mais ereto na cadeira o encarando de volta. O agente com passos largos foi até eles. Sem dizer nenhum cumprimento, sentou-se na cadeira à frente de Magrí e Crânio.

Ele chamou o garçom e na sua voz arrastada e sotaque esquisito, pediu um xícara de café forte. Quando o garçom saiu, o agente Tyler sem nenhuma cerimônia e sem se importar com o aviso de que era proibido fumar dentro do restaurante, acendeu o cigarro que estava no bolso, tragou e encarou Crânio, desferindo em meio a fumaça.

- I thought our meeting would be private and alone. Why is this girl here?

Crânio levantou uma sobrancelha.

- I'm not sorry, Mr. Tyler. Mas a garota fica, por dois motivos: por ela ser testemunha e por eu confiar a ela a minha vida.

Magrí sentiu as bochechas corarem e o estômago dar algumas cambalhotas. Fitou o garoto ao seu lado com carinho, ponderando o duplo significado daquelas palavras. Ele não a olhou de volta, mas pelo canto da boca sorriu, o que já foi o suficiente para ela.

Contudo, havia algo nos olhos do agente que incomodava a menina, que era muito observadora. Ele, por sua vez, tragou de novo o cigarro sem responder.

- Whatever, I don't carrre much. Show me that note you 'had told me.

Crânio tirou do bolso o bilhete um pouco amassado e colocou em cima da mesa. O garçom voltou com o café e gesticulou para o cigarro aceso do agente com um aviso. Ele por sua vez sorriu cinicamente, apagou o cigarro, depositando a bituca em cima da mesa e bebericou do café. Os olhos se fixaram no conteúdo do bilhete e não havia nenhuma emoção neles, Magrí percebeu.

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora