Estranhos na Noite

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N/A: Olá queridos! Esse é sem dúvidas, o meu conto favorito até agora (mas talvez perca para o conto natalino rs). Adorei escrever os anteriores, mas este em especialpela carga mais dramática e romântica, foi o mais prazeroso de escrever.

Além disso, amo a trilha sonora dessa história na belíssima voz de Frank Sinatra cantando Strangers in the Night, que deu origem ao título. Junte essa música e o nosso casal favorito e é de fazer suspirar...  ;)

Já tínhamos visto em outros contos um pouco de como estava a relação de Magrí e Crânio pós Colégio Elite, mas sem muitos detalhes. Finalmente saberemos um pouco mais...

Conto situado mais ou menos uns dez anos após a formatura do Ensino Médio dos Karas, com alguns spoilers de A Droga da Amizade.

Missão ajudar Magrí com a mudança

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Missão ajudar Magrí com a mudança. Não aceito não.

Câmbio, Chumbinho.

As risadas divertidas daqueles dois velhos amigos enchiam o ar do apartamento bagunçado e silencioso de outrora. Magrí preparou mais chá para si e um café forte para Chumbinho, enquanto conversava com o garoto — no meio da cozinha ainda escondida entre caixas e malas — sobre temas triviais e a mudança.

— A faculdade vai muito bem — dizia ela — Já estou estagiando no setor de pediatria da Unicamp no Hospital das Clínicas, e já comecei a minha pesquisa para o meu trabalho de conclusão de curso. Se tudo der certo, final deste ano já estou formada!

Chumbinho não escondeu o seu entusiasmo.

— Que máximo, Magrí! Eu estou gostando do meu primeiro ano de Ciência da Computação. Achei que apanharia mais nesse primeiro semestre, mas me saí muito bem! Não fiquei retido em nenhuma matéria!

Magrí elogiou o garoto pelo seu desempenho. Quando já estavam sentados à mesa, Chumbinho criou coragem para perguntar o que estava muito curioso em saber.

— Então Magrí... Como anda o Crânio?

A jovem, que até o momento ria de forma alegre, parou, a expressão adquirindo a dor conhecida que já estava acostumada a carregar. Precisou de alguns minutos até finalmente responder:

— Ele está bem... Estamos bem. Ele ainda está nos EUA e acho que volta no fim do ano...

Chumbinho franziu a testa. Magrí estava muito interessada no padrão do mármore da mesa.

— Tem certeza que está tudo bem?

Ela não respondeu de imediato. Encarou o velho amigo com olhos tristes. Tinha orgulho do homem que aquele menino estava se tornando, ainda porém com aquele mesmo brilho inocente em seus olhos.

A valentia e a coragem de Chumbinho não se desvaneceu com o passar dos anos, assim como a confiança que Magrí depositava nele. Sabia que poderia compartilhar os temores que sentia, sem se preocupar com julgamentos ou que ele iria espalhar seus segredos.

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora