Educação Sentimental

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N/A: Olá queridos leitores! Espero que todos estejam bem e vivos depois do último conto rsrs ;)

Se tivemos muito choro e drama na história anterior, foi um alívio até para mim escrever algo mais leve e bem humorado (e romântico, claro!) como este conto. Espero que gostem e se divirtam tanto quanto eu me diverti escrevendo!

Dedico de forma especial este conto para a MarianaACardoso que está fazendo aniversário! Parabéns, querida, muitos anos de vida! \o

O conto começa ali no finalzinho de Droga de Americana.

Boa leitura!

Já era noite alta

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Já era noite alta. O barulho das sirenes de polícia, jornalistas e palpiteiros aos redores do Colégio Elite eram a prova de que aquele era mais um dia atípico da rotina de professores e alunos.

A libertação heroica de Peggy MacDermott — a filha do Presidente dos Estados Unidos, sequestrada para o susto do mundo inteiro, literalmente — colocou a escola sob os holofotes de todas as emissoras de TV existentes. Era quase impossível não receber um flash na cara das câmaras fotográficas que registravam a saída da garota pelas mãos do gordo detetive Andrade.

No meio de toda aquela bagunça, Crânio não estava ligando para Peggy MacDermott. Era outra garota que o estava preocupando de verdade, mas não conseguia achá-la desde a hora que desceram dos telhados do colégio. Por mais que Magrí não estivesse ferida, o rapazinho precisava assegurar de que ela estava bem, e sabia se não o fizesse, não ia conseguir dormir aquela noite (que já estava longa demais).

O gênio dos Karas conseguiu deixar o quarteirão caótico do Elite sem ser visto, se misturando às sombras das árvores e dos muros dos casarões em volta. A todo instante, ele se perguntava para onde Magrí tinha ido.

Porém para sua surpresa e decepção, não foi Magrí quem encontrou alguns metros de distância da escola. 

— Crânio! Que susto! Eu não vi você chegando.

— Eu digo mesmo, Miguel! Como conseguiu sair tão rápido?

— Dei um jeito de usar os portões do fundo da escola. Não tinha quase ninguém ali. Estou esperando as coisas se acalmarem para eu pegar minha bicicleta no estacionamento.

Os dois Karas ficaram em silêncio sem saberem muito o que fazer. Era a primeira vez em meses que Crânio e Miguel conversavam de verdade sozinhos, e eles ainda estavam um pouco desconfortáveis na presença um do outro. Soma-se a isso os acontecimentos das últimas horas e a fatídica reunião de emergência...

Miguel por fim, quebrou o silêncio. Pigarreou:

— Obrigado.

— Quê? — Crânio piscou virando-se para o amigo — Você disse alguma coisa?

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora