Um Caso Irresolúvel - Parte II

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N/A: Olá queridos Karas!! Como vão? Queria ter postado o conto no último fim de semana, mas não deu certo. Antes tarde do que nunca! E acho que todo mundo já viu que a fic ganhou o Wattys, mas ainda estou celebrando ;) Mais uma vez, não me canso de agradecer a todos! Quem sabe o Pedro não vê, já imaginou? Eu morreria rs.

Boa leitura!

Boa leitura!

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1995

— Eu já me decidi, Magrí. Eu quero você. Você quer se casar comigo?

Magrí arfou e arregalou os olhos quando a belíssima pedra do anel reluziu ao sol. Sentiu as mãos tremeram e os olhos encherem d'água. Não conseguia articular e encarou o namorado que sorria para ela com ternura. Finalmente, ela pode abrir a boca rindo como uma criança:

— É claro que eu vou me casar com você, meu amor! Ah meu Deus eu vou surtar!

Crânio gargalhou enquanto colocava o anel no dedo delicado de Magrí. Beijou a mão agora não mais da namorada, mas sim noiva! Ela se jogou nos braços do rapaz e encheu o rosto dele de beijos. Os dois riam felizes como há muito tempo não faziam.

Passado alguns instantes, Magrí fitou o noivo deitado de novo na areia. Se aproximou fazendo carinho na testa dele. Havia uma coisa que a perturbava:

— Mas, meu amor... E a oferta do MIT? Você recusou?

— Sim — Crânio sorriu fracamente — Mas eu já tenho outros planos assim que terminar o mestrado. Para a sua alegria, vou dar aula por um tempo aqui no Brasil.

Os olhos de Magrí brilharam. Há muito tempo que ela tentava convencer o rapaz para ser professor, mas Crânio sempre resistia dizendo que não levava jeito para coisa. Magrí sempre discordou disso, alegando que seria um desperdício de talento se ele não lecionasse, e seria bom para o currículo (fabuloso) dele.

Ela o beijou nos lábios rindo:

— Então eu estava certa o tempo inteiro? E você finalmente cedeu! Ha! Eu sabia!

Crânio revirou os olhos sem deixar de sorrir. Bem, Magrí também esteve certa em muitas outras coisas... Inclusive em uma discussão na época do Colégio Elite em meio a um caso medonho...

***

Crânio se recostou na parede sem fôlego, e com calor pelo jaleco branco que tinha "pegado emprestado" de um dos funcionários do IML. Era noite alta, quase madrugada.

Tinha conseguido também um crachá de um funcionário esquecido, e ninguém percebera o engano. Estava em tempo de encontrar a ala dos corpos prontos para autópsia. O rapazinho não estava nem um pouco animado pela visão que teria do corpo de Charles Duarte, mas não era hora de sentir náuseas.

Atravessou um corredor quase vazio de cabeça baixa e olhando pelo canto do olho para as placas nas portas que passava. Parou em frente a uma porta no fim do corredor, que parecia ser o que procurava, porém, trancada.

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora