Uma Canção de Natal e Pães de Mel

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N/A: Olá queridos leitores! Finalmente posso compartilhar com vocês este querido conto natalino, que devo confessar que fugiu da minha ideia inicial, mas que eu amei o resultado final. Não planejei o tiquinho de drama lá no meio, mas como a história foi inspirada num livro famoso, achei que ficou adequado hehe.

Como eu mencionei no conto anterior, esta história se passa após os eventos de Droga de Americana e uns dois anos após a formatura do Colégio Elite  - ou seja, avançamos bastante no tempo rs. Espero que gostem tanto quanto eu c:

 Espero que gostem tanto quanto eu c:

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A árvore estava viva. Haviam luzes piscando em cada folha, haviam enfeites em cada ramo, haviam bolinhas coloridas em cada pedacinho da árvore. A árvore estava bastante viva, tão viva quanto a própria garotinha que a contemplava, com os grandes olhos brilhando, ao lado da mãe na manhã do agitado parque.

Outras crianças da idade dela brincavam e corriam ao pé da árvore, numa verdadeira algazarra animada. A menina puxou a saia da mãe indicando que queria brincar também e foi com alegria, quase deixando o lanche guardado no bolso do vestido cair no chão, que ela correu e se juntou as outras crianças para brincar de pega-pega.

Haviam muitas crianças, mais crianças do que a menina estava acostumada a ver na escolinha e isso a deixava muito contente, pois depois daquele dia teria mais amigos para brincar.

Uma criança, porém, não se juntou ao grupo. Era um garoto da mesma idade dela, sentado perto do tronco de uma das árvores do parque com um olhar vazio e distante, como se não quisesse estar ali.

A garota, que era muito observadora, ficou com pena daquele menino. Ela se perguntava se ele tinha amigos e porque ele não vinha se juntar as outras crianças — se não tivesse amigos, com certeza teria pelo menos uma, se brincasse com ela.

Com um leve sorriso, ela se aproximou do garoto.

— Olá! Porque você não vem brincar com a gente?

O garoto a encarou franzindo a testa, como se não tivesse entendido o que aquela menina estranha estava falando. Ou como se ela fosse um ser de outro planeta. Provavelmente as duas coisas.

Ele deu de ombros. A menina percebeu que o olhar do garoto era de uma tristeza que ele tentava esconder.

— Estou sem vontade. Mas obrigado...

A expressão da garota murchou.

— Por que não? Melhor do que ficar aí sozinho!

Havia uma leve irritação borbulhando na voz do menino quando respondeu.

— Porque não, oras. Não gosto mais de brincar. Nunca mais vou brincar!

— Nunca mais vai brincar?! Está louco!

Ele não mais respondeu, muito ocupado tirando as asas de uma mariposa irritante que ele tinha matado. Parecia esconder alguma coisa que a menina não ia descansar até descobrir o que era. Não gostar de brincar era coisa impossível para ela.

Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora