Capítulo 48

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Depois da consulta, Alan estava tão deprimido e irritado que quase não quis voltar no mesmo carro que Gael.

O alfa teve que insistir para que ele entrasse. Mas isso não evitou que a viagem de volta para casa fosse desconfortável. Alan tinha se encolhido contra a banco, se abraçando forte pela dor e por sentir os feromônios angustiados de Gael no ar.

Gael era um autista, quando estava confuso ou agitado liberava sem perceber bombas de feromônios, o que poderia sufocar um omega já emocional.

E Alan estava muito sensível. Talvez pelos hormônios, mas principalmente por ter ouvido coisas duras vindas de seu alfa.

Ele já planejava adotar filhotes com Gael depois de alguns anos, mas saber da gravidez fez com que tudo se adiantasse. Mas Alan não se importava, seu desejo de ter uma família era maior do que isso.

Uma família com um alfa gentil e cuidadoso como Gael principalmente.

Talvez ele tivesse fantasiado demais. E cair na realidade doía tanto que teve que se conter para não chorar enquanto era levado para casa.

- ômega... - Gael disse preocupado, erguendo sua mão para tocar o rosto de Alan. - Por favor, não fique magoado. Eu estou fazendo isso porquê é o mais racional.

- Racional - Rosnou, empurrando a mão do alfa. - Você só pensa nisso: na razão. E você fica frio ao se esquecer dessas questões que são emocionais.

Gael estava pronto para retrucar, mas Alan o olhou tão furioso que o calou, e assim que chegaram em casa, pulou do carro e correu até o escritório mesmo com a dor latejante; e se trancou lá.

- ALAN! Não cerre a porta! - Bateu com força na madeira, meio histérico pensando que Alan poderia passar mal.

Mas ele ignorou, alcançando o celular e ligando para Alba.

- Mãe... - Choramingou. - Por favor, vem para cá se você puder. Sei que é longe, mas eu preciso de você e das meninas.

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Chegando no fim de semana, as quatro alfas e Alba chegaram na cidade onde Alan e Gael moravam. Alan tinha ligado na quarta-feira, e não disse mais nada pelos próximos dias até que viessem todas pessoalmente. E assim que as viu, contou sobre a gravidez.

- Um bebê?! - Alanis gritou surpresa, não sabendo como reagir assim como Alana e Aline.

As três garotas se entreolharam, inseguras, antes de Alina e a mãe abrirem um sorriso.

- Um bebê! - Alba riu alegre, abraçando Alan que estava na cama, conforme o médico tinha prescrito. - Mas... como?

O ômega explicou tudo; as três irmãs ouvindo atentas enquanto a mãe e Alina estavam tão excitadas que mal escutavam.

-  Eu estou tão feliz, meu amor - Alba beijou a bochecha do seu filho, que sorriu com o máximo de alegria que podia. Embora a dor estivesse mais incomoda a cada dia.

- Espera aí - Alana disse, puxando o pulso da mãe. - Alan é um ômega macho. Isso não é possível.

- Você sabe que é raro, mas pode acontecer - Alina disse, abraçada ao irmão mais novo. - E nós estamos torcendo por isso! Vai ser tão adorável ter um sobrinho, não é, meninas?

Aline, Alana e Alanis se encararam, antes de Aline pigarrear.

- Veja bem... Não sei se isso vai ser muito adequado.

- Completamente inadequado! - Alana disse horrorizada, fazendo Alan fechar os olhos. Ele sabia que elas não iriam gostar. - Agora eu entendi porquê Gael estava tão nervoso e confuso quando atendeu a porta. Isso é um absurdo! Você precisa tirar isso.

StrangerOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz