tweety • jjk

t h i r t y - o n e

Eu estava tão ferrada se caso alguém entrasse em meu quarto naquele momento. E apesar do risco que corria, não queria acabar com o momento.

— Seu paladar é como de uma criança — julgou por mais uma vez meu paladar infantil. Ele estava sendo a razão de meu provável risco de suspensão.

— Paladar infantil ou não, a boca que come tudo isso continua sendo a boca que você quer beijar — assumia que naquele dia em especial eu estava infernalmente agitada demais. E quando dizia agitada, me referia ao fogo vergonhoso entre minhas pernas.

Encarando-me surpreso, Jungkook ficou por um tempo sem dizer nada. Aquele meu lado safado aparecia quando menos devia. Hoje era o pior dia para que ele resolvesse ressurgir das cinzas. Afinal, eu estava sozinha ali com o idiota que provocava ainda mais esse lado.

A irmã mais velha de Tânia havia acabado de ter um filho, razão pela qual a garota preferiu passar o fim de semana em casa e só voltar amanhã bem cedo. Então aproveitando a ausência da garota, Jungkook decidiu que iria me fazer companhia naquele domingo solitário. Eu não o queria por perto, e ao mesmo tempo o queria. Ser mulher quando o desejo nada inocente aparecia era difícil.

Agora precisava tentar controlar minha boca grande e sua imensa vontade em dizer besteiras depravadas.

— Você está estranha hoje — notou ele. Era claro que iria notar. Minha vontade de beija-lo estava dez vezes maior, e a vontade de não permanecer somente no beijo também era perigosamente grande.

— É exatamente por isso que deveria ir embora — joguei as demais embalagens de salgadinhos e doces dentro de uma sacola, tentando manter limpo o chão ao qual estávamos sentados. Olhando-me de canto ele sorriu debochado.

— Opção inválida.

Era perigoso permanecer com ele ali. Principalmente quando ele sabia que eu estava diferente. Roendo alguma desculpa esfarrapada no subconsciente, tento achar algo que o faça ir embora.

— Você não precisa arrumar suas coisas para amanhã?

— Sou organizado. Já está tudo arrumado.

— Organizado minha bunda, você é bagunceiro! — como prova aponto para seu lado lotado de embalagens de bala e salgadinho.

— Não disse para o que exatamente sou organizado. — saindo de seu lugar ele sentou-se em minha frente. Seus joelhos de encontro com os meus. — Você está pronta para amanhã? — estar daquela maneira não me dava outra opção a não ser lhe encarar diretamente.

Sua pergunta era pela razão de que amanhã iríamos começar a semana de descanso antes da temporada de provas. Por algum motivo meu humor em relação ao que estávamos para fazer era importante para ele.

— Acho que sim — seus dedos pegaram no cordão da minha blusa de moletom, delicadamente puxando para ele. Não querendo que o cordão saísse do capuz do moletom me inclino conforme ele puxou.

— Não é uma resposta muito convicente — Mais uma vez sorrindo ele soltou o cordão, agora seus dedos desceram até a barra do moletom, lentamente o erguendo, com intenção de tirar de meu corpo. Seus olhos ainda preso aos meus. 

— Eu...não sei — estava ficando confusa. Estava deixando ele fazer aquilo sem pensar em barrar sua ação. Até mesmo ergui os braços para que ele tirasse o moletom de meu corpo uma vez por todas. Fiquei somente de pijama em sua frente.

Seu sorrisinho malandro dizia-me que ele já esperava por aquilo. Mais uma vez estava com o pijama comprometedor. E mais uma vez estava sem sutiã, deixando bem óbvio meus piercings. Sua língua deslizou entre seus lábios, de forma distraída. Ele encarava meus seios.