tweety • jjk

f i f t y

                                     úʟᴛɪᴍᴏ

Minhas costas doíam. Minha cabeça doía. Estava com fome, mas sem vontade de comer. A última vez que dormi decentemente foi há 34 horas atrás. Minhas bochechas estavam doloridas pelo tanto de tempo que passei sorrindo e em uma única noite consegui me viciar em café.

Tudo isso por culpa da ansiedade. Ontem fez um mês e meio que Jungkook havia ido para a Coreia. E hoje era o dia que ele estava voltando. Razão por toda minha agitação.

Estava um pouco assustada com toda essa bagunça que eu estava, afinal, mesmo afastados, ele e eu ainda mantínhamos contato. Foram horas passadas falando por vídeo chamada, mensagens e essas coisas. E mesmo que eu evidentemente sentisse falta de contanto físico, me refiro à saudade de passar horas abraçada com ele, não pense coisa errada, eu não deveria estar a esse nível de ansiedade. Parecia que ficamos anos afastados.

— Pelo amor de Deus, Rosellyn, se acalme mulher — resmungou minha mãe, tomando o copo de café de minhas mãos. Eu verdadeiramente me coloquei em uma ferrada situação envolvendo o café. A porcaria era boa.

— Não dá — pela terceira vez, em um curto espaço de tempo de um minuto, eu me revirei no banco do carona e girei a aliança em meu dedo. — O café me deixou agitada — me defendi.

— O café, aham, vamos fingir que foi mesmo o café — soltou um sorrisinho malicioso.

Certo, hoje Jungkook estava voltando da Coreia. E mesmo que meu pai tenha brigado comigo, me dizendo para não sair de casa sem necessidade, já que estava um frio do caramba e eu estava gripada, fui teimosa e implorei para que minha mão me levasse até o aeroporto, para receber o rapaz. Não importava o quanto me dissessem para não fazer, eu estava agitada demais, e toda essa agitação gritava saudade. E minha mãe sabia muito bem disso.

Mas verdadeiramente, eu estava em uma necessidade assustadora para poder abraça-lo novamente, sentir seu calor corporal...eu queria ele. Merda de saudade.

— Tome cuidado — disse minha mãe, enquanto eu saia do carro logo assim que ela terminou de estacionar. Ela continuou dizendo mais algumas coisas quando desceu do carro, mas eu me distrai quando notei que Jungkook me ligava. Tão afobada quanto podia eu atendi.

— Oi! — escutei ele rir da minha euforia.

— Oi, minha princesa — concordamos que não íamos nos chamar por apelidos bobos e melosos como esse. No entanto, minha nossa, sua voz rouca me chamando de sua princesa era minha fraqueza. — Onde você está? —

— Acabei de chegar no aeroporto. Você já chegou? — soltou um gemido cansado e teve um tempo em silêncio.

— Sobre isso...— respirou fundo. — Desculpe Rose, mas eu não vou voltar —