tweety • jjk

t h i r t y - n i n e

                           𝘑𝘶𝘯𝘨𝘬𝘰𝘰𝘬 𝘱𝘰𝘷.

As coisas saíram do controle.

— Meu pai disse para eu nunca beber antes de atingir a maioridade, eu sou uma péssima filha.

Saíram completamente do controle.

— Vamos falar sobre isso depois, agora sai de cima dessa cama — mesmo que ela me pedisse ajoalhada, completamente nua, eu nunca mais inventaria a estúpida ideia de lhe dar bebida alcoólica.

Rosellyn riu de minha fajuta tentativa em fazê-la descer da cama. Não usava a força por motivos de ela ter gostado da primeira vez que a segurei pela cintura. Depois disso foi só ladeira abaixo. Era preciso ter cuidado com o que falava, para que ela não tivesse que retrucar com ideias pervertidas demais para aquele momento. Mesmo eu querendo que ela fizesse. 

Ela finalmente parou de pular, caindo de joelhos na cama.

— Estamos perto do natal — disse. — Eu não gosto do natal — confessou inesperadamente. Sorri, achando graça de seu comportamento repentinamente melancólico.

— Por que não?

— Nunca achou estranho a história principal do natal? Poxa, estamos falando de um velho que invade casas e deixa presentes. Isso é medonho — ela sorriu. Aquele sorriso abalou minhas estruturas por alguns segundos. Conseguindo até mesmo que eu quase falhasse com o minha palavra de não fazer nada enquanto ela estivesse bêbada.

— Papai Noel não existe. Você provavelmente sabe disso, o que comprava que você é estranha. Uma estranha bem linda — Murmuro encarando seus olhos mais tempo que o recomendado. Não consegui esconder o tom de carinho em minha voz, mas não me importava. Ela estava bêbada, provavelmente não iria se lembrar do quanto estava sendo um tolo apaixonado por ela naquele momento.

— Vocês que gostam de natal que são. Onde já se viu gostar de uma história de um velho estranho que mora no polo norte com elfos, que aparece apenas uma vez no ano, sendo carregado por renas e por cima invadindo casas para deixar brinquedos...brinquedos esses que não sabemos sua verdadeira origem! E se forem feitos por trabalho escravo? Papai Noel seria um criminoso, na verdade ele já é!

— Papai Noel é só uma história criada para o consumismo, e o natal é comemorado o nascimento de...

— Não me importa, ele é um velho estranho e medonho — por alguma razão seu olhar demonstrava uma careta fofa, que me deixou ainda mais fascinado. — E sabe do que mais?

Acredito que o álcool tenha atingido um pouco sua inteligência, e aquilo me fez sorrir ainda mais para ela. Mas porra, ela era linda. Sinceramente não entendia essa coisa irracional que sentia por ela, mas afirmava com toda a certeza possível, essa garota era a única que eu queria. Linda, humorada, com um sorriso capaz de abalar qualquer homem. Eu a queria tanto.

— O quê? — respondo tentando não me distrair novamente. Passando os braços por meu pescoço ela me forçou a segurar em sua cintura, deixando nossos corpos próximos.

— Eu quero perder a virgindade antes do natal, de preferência com você — mas que caralho! Era disso que eu estava precisando me esquivar desde o momento em que o álcool fez efeito. Seu lado safado.

— Não foi você que disse que iria vender a virgindade? — resolvo brincar, tentando distrai-la um pouco do assunto.

— Sinta-se sortudo, pois estou te dando de graça. Então o que preciso fazer para você me jogar nessa cama e tirar minha virgindade?

— Você precisa tomar um banho gelado e ir dormir — eu precisava urgentemente fazê-la dormir, antes que suas palavras começassem a me afetar de verdade. A tento pegar no colo, mas ela me empurrou.