t h i r t y - e i g h t

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Um fato engraçado sobre festas: se caso caísse um meteoro, todos morreriam bêbados. Mas não iriam saber, porquê estariam bêbados e não saberiam o que estava para acontecer.

Não sei se fazia sentindo, ou se era ao menos engraçado, na verdade não era não. Eu só estava estressada e pensando coisa tosca. Tá certo que meu modo estressada era constante, mas agora o estresse era por grande razão. Que merda de festa não tem comida?

Não me importava que o relógio marcava quase uma da manhã, afirmei para Tânia que se caso não tivesse comida, estaria fora. Olhe que ainda aguentei um bom tempo. Tive paciência de ficar enrolando, mas paciência tem limite. E meu limite é bem curto.

Então após encurralar Tânia e dizer que caso não fosse embora, iria espancar ela e todas as pessoas que empurravam meu corpo, ela me liberou, dizendo que não era preciso se preocupar com ela, que voltaria para o colégio amanhã cedo. Avisei que se caso ela não voltasse sã e salva, iria arrebentar sua cara.

— Merda — o garoto atrás de mim resmungou parando de andar.

— O que foi?

— Eu preciso mijar — revelou sem muita vergonha na cara. Meu Deus.

— Você não vai fazer isso...ah ele vai — me viro de costas quando ele vai para perto do muro, pronto para fazer o que disse. Jungkook era incrivelmente o rapaz mais inacreditável que já fiquei loucamente apaixonada. — Que falta de classe.

— Falou a garota que quinze minutos atrás cuspiu água na minha cara

— Foi sem intenção.

O caso foi realmente sem querer. Estava rindo de um idiota que caiu, no momento estava bebendo água, e foi tudo meio que inesperado. Mas jurava que ao menos tentei segurar, mas o garoto caindo foi mesmo hilário, o que prejudicou bastante minha tentativa. Então foi sim, sem querer eu ter cuspido água em sua cara.

— Tenho minhas dúvidas — sobressalto ao sentir ele sussurrar bem próximo. Meio que me afasto dele, já que sabia onde suas mãos estavam. Revirando os olhos ele disse: — Me empresta? — apontou para minha garrafa de água.

Era higiênico, ganhou um ponto. Mando ele esticar as mãos, para que pudesse jogar água por elas. E eu juro que minha intenção era somente lavar suas mãos, porém, uma vozinha encapetada me infernizou incontáveis vezes, até que fosse mais forte que meu bom senso. E quando dei por mim, já havia jogado o restante da água nele.

Jungkook me olhou, e acredito que tenhamos ficado naquela troca de olhar silencioso por longos dez segundos. Até ele mudar o olhar, um olhar que deixava claro que eu estava ferrada. Muito ferrada. Prezando pela minha vida eu corri.

Só lembrando que eu não corria mais que ele, então a vantagem de distância que tive foi por sua grande bondade. Prova disso foi que quando olhei por cima de meus ombros, ele estava parado, meio que me dando um pequeno tempo de vantagem. Só não iria protestar pela ação, porquê sabia que assim que ele me pegasse eu estaria ferrada.

— Puta merda! — exclamei quando ele por fim começou a correr. Passo correndo pela portaria, dando boa noite ao segurança e fugindo direção ao meu quarto.

Ao meio do caminho quase morri três vezes. A primeira foi tropeçando no caminho de pedras, a segunda foi quase batendo de cara com a parede quando tentei frear para virar o corredor que dava ao meu quarto, e a terceira foi batendo meu quadril na maçaneta. Isso porquê tentei abrir a porta sem antes destrancar.

O desespero não me permitiu sentir a dor. Na segunda tentativa de tirar a chave de meu bolso reparo que Jungkook não estava atrás de mim. Para dizer a verdade, eu não o vi passar pela portaria, e muito menos escutei ele correndo atrás de mim. Eu nada burra entro em meu quarto às pressas.

tweety • jjkOù les histoires vivent. Découvrez maintenant