Capítulo 171

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Nove dias.

Nove dias se passaram sem falar com a Tessa. Pensava que não era possível passar um único dia sem falar com ela, quanto mais a porra de nova dias. Parece que passaram cem e cada segundo doí mais do que o anterior.

Quando ela foi embora naquela noite, esperei e esperei para ouvir os passos dela correndo pela porta e esperei que a voz dela começasse a gritar comigo. Mas não aconteceu. Me sentei  no chão à espera, sempre à espera. Mas nunca aconteceu, ela nunca voltou.

Acabei a cerveja que estava no freezer e quebrei a garrafa contra a parede. Na manhã seguinte, quando acordei e ela ainda não tinha voltado, fiz a mala. Fiz a minha mala e entrei num avião para sair da porra de Washington. Se ela fosse voltar, tinha sido naquela noite. Eu tinha que sair daquele lugar e arrumar algum espaço. Com álcool no meu hálito e manchas na minha camiseta branca, saio do aeroporto. Não liguei para minha mãe antes de chegar, não que ela tivesse planos.

Se a Tessa tivesse me ligado antes de eu entrar no avião, eu voltaria atrás, mas como não ligou, tenho muita pena, continuei pensando. Ela teve a sua oportunidade de voltar para mim. Ela sempre voltou, não importando o que fiz, então porque desta vez é diferente? Não é que eu tenha feito alguma coisa, menti, mas foi uma pequena mentira e ela exagerou.

Se fosse para alguém estar chateado, era eu. Ela levou o Zayn até à porra da minha casa para ir buscar as suas coisas. Além disso, o Liam entrou lá como a porra do Hulk e me empurrou contra a parede. Mas que merda?

O primeiro dia passou, em maior parte, no avião dormindo devido á ressaca. Recebi alguns olhares sujos de passageiros snobes e idiotas em ternos, mas não quero saber. Eles não me dizem nada. Peguei um taxi para ir para a casa da minha mãe e quase matei o motorista. Quem é que cobra tanto pela merda de uma viagem de 16 km?

A minha mãe ficou chocada e feliz por me ver. Ela chorou por alguns minutos, mas felizmente, ela parou quando o Robin apareceu. Aparentemente, eles dois estão começando a mudar as coisas dela para a casa dele, e ela planeja vender a sua casa. Não quero saber daquela casa, por isso por mim, tudo bem. Aquela casa está cheia de memórias de merda com o meu pai bêbado.

É bom poder pensar estas coisas sem a influência da Tessa. Iria me sentir um pouco culpado por ser grosso com a minha mãe e com o namorado dela se a Tessa estivesse aqui comigo. Graças a deus que não está.

O segundo dia foi muito cansativo. Passei a tarde toda ouvindo a minha mãe falar sobre os planos dela para o verão e me esquivei das perguntas dela do porquê de eu estar em casa. Contínuo lhe dizendo que se eu quisesse falar sobre isso, eu falaria. Vim aqui para ter a merda de alguma paz e tudo o que recebo, é mais irritação. Acabo ás oito horas no pub ao fim da rua. Uma morena bonita com a mesma cor dos olhos da Tessa sorriu para mim e me ofereceu uma bebida nessa noite. Recusei, não sei como, educadamente, a minha gentileza aparece devido á cor dos olhos dela. Quanto mais olhava para eles, mais eu percebia que não são iguais aos da Tessa. Eles são tristes e não têm vida. Os olhos da Tessa são o tom cinzento mais intrigante, eles parecem azuis ao olhar, até observar mesmo. Eles são bonitos, o mais bonitos que os olhos conseguem ser. Mas porque diabos estou sentado num pub pensando em olhos? Porra.

Eu vi a desilusão nos olhos da minha mãe quando tropecei pela porta à dentro ás duas da manhã, mas fiz o meu melhor para ignorar, murmurando um pedido de desculpas de merda antes de subir as escadas.

O terceiro dia foi quando começou. Pequenas lembranças da Tessa aparecendo nas alturas mais aleatórias. Enquanto observava a minha mãe lavar os pratos, pensava na Tessa enchendo a máquina de lavar louça, constantemente, tento a certeza que não havia nenhum prato sujo no lava-louça.

AFTER 2 (Tradução Português/BR)Where stories live. Discover now