Capítulo 194

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Harry POV

“Aqui,  encontrei alguns.” Toco no ombro da Tessa.

Ela tem a cabeça mergulhada no sofá e os olhos fechados. Depois de eu tocar nela e a chamar durante um minuto, ela abre os olhos e se senta para tirar os comprimidos da minha mão.

“Está doente?” Pergunto novamente.

“Não sei, talvez esteja  ficando doente. A minha barriga dói mais do que a cabeça, mas talvez seja de fome.”

Ou talvez seja porque  estou te deixando estressada como o caralho e parece que vai vomitar no nosso sofá.

“Oh, bem, a pizza deve estar chegando.”

“Mhmm.” Ela inclina a cabeça para trás e bebe um gole da água para engolir os comprimidos.

Consigo ver pela falta de cor nas bochechas dela que ela não está se sentindo muito bem.

“Tomou a vacina contra a gripe?” Pergunto.

“O quê?”

“A sua vacina contra a gripe. Tomou uma este ano?” Não sei que tipo de perguntas se faz a uma pessoa doente.

“Não sei… Na verdade, não. Acho que não. Não tenho plano de saúde. Devia ver a conta que tenho que pagar da ambulância.” Ela resmunga e me dá um sorriso fraco.

“Eu pago.” Ofereço e ela franze as sobrancelhas, e se deita no sofá de novo.

“Eu vou pagar, não devia se preocupar com contas médicas.”

“Shh…” Ela diz e fecha os olhos.

Eu lembro quando ela se sentir melhor, ou pago sem a permissão dela. Isso iria chateá-la e é exatamente isso que estou tentando evitar.

“O que devo fazer?” Pergunto e alguém bate na porta.

A pizza, claro. Quando me levanto o bater na porta se torna mais alto e eu cubro a parte de baixo da Tessa com um cobertor antes de ir até à porta. O bater se transforma em socos. Estão tirando comigo caralho?

“Não espanque a porta caralho, ela está com dor de cabeça.” Estalo com o rapaz jovem das entregas.

“Desculpa meu.” Ele diz, me dando uma caixa quadrada.

Me sinto mal por falar com ele assim, mas ele ia piorar a dor de cabeça dela. Assino o meu nome no recibo e fecho a porta na cara dele.

“Eu… Uhm… Vou colocar em um prato para você.” Gaguejo e vou até à cozinha.

Estou tão feliz por ela estar comigo no nosso apartamento, doente ou não.

“Aqui, tem que comer.” Digo e ela resmunga novamente.

“Não estou com fome.”

“Tem sim, acabaste de dizer que estava.”

Ela se senta enquanto puxa o cobertor para o seu colo.

“Uma fatia.” Ela desafia.

“Duas.”

“Nenhuma.” Ela meio que ri.

“Está bem, uma.”

Sento ao lado dela e puxo os pés dela para o meu colo enquanto comemos. Ela come devagar, pequenas dentadas, enfatizando o mastigar para me desafiar. Mesmo doente ela tem atitude, e adoro isso. Ela se inclina para a frente e coloca o seu prato vazio na mesa de café antes de fechar os seus olhos novamente.

“Devíamos ir para o hospital.” Sugiro.

“Estou bem Harry, é só uma gastroenterite ou algo assim.”

AFTER 2 (Tradução Português/BR)Where stories live. Discover now