11• Me sinto segura com você por perto...

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Por Megan

Ao chegar na sala de reuniões, Oliver estava na porta parado.

Olha em seu relógio e não consigo manter minha boca fechada.

-Não adianta tentar arrumar motivo para querer brigar comigo. Minha paciência já zerou com você!
Ah! E eu já cheguei com vinte minutos de antecedência para não ter que me estressar.
E aqui estão os documentos que me pediu, Dr. Windsor! -digo seu nome bem devagar e em um tom mais ácido.

Ele, com sua voz mansa e cara de cachorro abandonado, tenta argumentar, mas não lhe dou chance.

-Meg, espere, por favor...

-Oliver, com licença! Eu preciso entrar e assinar a lista de presença, do contrário irei me atrasar e, se bem me lembro, não é você quem detesta atrasos? - digo com ar de deboche.

Ele apenas se calou e abaixou a cabeça.

Eu entrei e fiquei o observando de longe, ele estava em seu terno impecável, como sempre. Inegavelmente, Oliver carrega consigo uma sensualidade nata. Qualquer roupa que ele use, fica perfeito. Mas quando ele está dentro de seus ternos, ele fica extremamente lindo (na verdade, qualquer roupa que esse puto use, fica perfeito...).
E o mais incrível é que ele não força e nem se sente o maioral por isso, é algo bem natural.
Na verdade, a beleza de Oliver é um conjunto de elegância, educação, inteligência, beleza, gentileza, sensualidade, sedução e uma pitada de safadeza.

Oliver nunca faltou o respeito comigo, mas pelas histórias que me conta, ele faz o estilo "safado" na cama. Algo que me instiga e muito. Não nele, mas em qualquer homem. Oliver é meu amigo, apenas.

Saio de meus pensamentos quando vejo que o Dr.Klaus entra na sala e começa sua palestra. Oliver vem em minha direção e se senta ao meu lado. Eu nada disse, mas ele tentou puxar assunto.

-Verifiquei os documentos e, mais uma vez, você foi excelente, Meg.

-Obrigada, Dr. Windsor. - respondo sem olhá-lo.

-Meg, trégua, por favor. - sua voz de cachorro abandonado e mansa, me fazem querer dar uma trégua, mas não. Ele precisa entender que eu já não sou mais a garota de quinze anos que ele conheceu.

-Oliver, quero prestar atenção na palestra. Foi pra isso que viemos, não é mesmo? -digo usando de todo o meu cinismo.

Ele balança sua cabeça em sinal positivo...

Ele sabe a merda que fez!

Estamos nós dois prestando atenção a cada detalhe que o Dr. Klaus nos diz e eu acabo fazendo algumas anotações. A palestra está sendo muito boa e proveitosa. Em dado momento, temos uma pausa e percebo que Marie não está presente.

Meu lado fofoqueiro resolve dar as caras.

-Oliver, Marie não deveria estar aqui para fazer as anotações?

-Longa história, Meg. Mas, isso não justifica. Ela não pode misturar o pessoal com o profissional...

Hmmmm... pela sua resposta, deu alguma merda entre os dois.

Oliver para troca de assunto e sua postura muda completamente.

-Seu mais novo amigo de infância está vindo! - diz com desdém.

-Oliver, que merda é essa? - pergunto sem entender o motivo de tanta implicância com o Jacob.

Ele nada diz, mas percebo seu maxilar trincado e tenso. Sempre o achei lindo quando está emburrado. É meu amigo, mas não sou cega!

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now