Novidade!

66 6 2
                                    

Por Oliver

Em meu carro, converso com Meg e pergunto o que ela acha sobre James e Selena.

-São completamente incompatíveis. James adora piadas em momentos inapropriados e Selena é completamente sem paciência. A chance disso dar certo é enorme!

-Por que acha que, sendo incompatíveis, têm chances de dar certo?

Vejo que ela sorri.

-Olhe para você e eu. Você é água e eu sou óleo. Você é gelo e eu sou vulcão. Você é oito e eu sou oitenta. Você é sim e eu sou o não. No fim das contas, nossa incompatibilidade foi tão grande que agora estou carregando um filho seu. Meu amor, não é preciso pensar igual, agir igual para dar certo. Se houver  respeito de um pelo outro, não vejo motivos para que não dêem certo.

Paro o carro no sinal vermelho e olho para minha noiva.

-Você sempre faz uma leitura incrível das coisas, Meg. Eu ainda me pergunto se há algo em você que me faça me apaixonar ainda mais.

-Ah, tem sim… eu sempre tenho uma carta na manga, meu amor! - diz e me presenteia com o melhor dos sorrisos.

-Eu te amo, Meg.

-Eu te amo, Oliver.

No caminho, fomos conversando sobre nosso casamento, sobre nossa casa e, principalmente, sobre nosso filho.

-Já sabe como fazer para dar a notícia? -me pergunta. -pergunta enquanto come uma bala de morango que estava em meu carro.

-Não faço a mínima idéia. Talvez, se eu tomar umas taças de vinho, eu seja mais criativo.

-Pelo amor de Deus! Nada de vinho. Esperamos James chegar e anunciamos, pode ser? -diz e caímos na gargalhada.

-Pode sim. Já pensou em nomes, Meg? - ela sorri.

-Tenho um em mente, mas talvez iria encher sua bola demais. Eu escolho se for menina e você escolhe se for menino.

Ele ri, todo bobo.

-Eu já sei o nome que escolherá, caso seja uma menina.

-Diga-me então, sabichão!

-Sabichão não! Essa é uma das vantagens de conhecê-la por tantos anos. -digo e recebo seu sorriso. -Você sempre foi apaixonada por sua avó e demorou um pouco para superar sua morte. Lembro que quando você se sentiu melhor, me chamou para um pub e chorando, entre um copo e outro,   disse que se um dia fosse mãe de uma menina, o nome seria Olívia. E que desejaria que ela fosse tão forte e destemida como ela.

Digo isso e vejo seus olhos marejados.

-É isso mesmo. É uma forma de homenageá-la. Você acha ruim? - me pergunta preocupada, achando que irei me opôr à sua vontade.

-Eu? De maneira alguma. Além de ser o feminino do meu nome e vou tirar onda por aí, caso seja uma menina, acho incrível a homenagem que fará à sua avó. Nunca mais comi uma torta de maçã como a dela. Isso é um segredo nosso, não deixe que minha mãe saiba. - digo rindo, fazendo com que Meg espante seus pensamentos tristes. - Vejo muito seu pai em você, Meg. Assim como vejo o jeito dela em seu pai. Eu jamais iria me opôr!

Meg sorri.

-Obrigada, meu amor. E você, tem algum nome em mente? -me pergunta.

-Mas é claro. Desde o momento em que me disse que eu seria pai, foi automático. Na verdade, eu já tinha esse nome há alguns anos em minha mente. Apesar de não ter religião, eu sempre pensei em Miguel. A imagem dele, para mim, é algo impactante e, mesmo não sendo religioso, como você sabe, se for menino, quero meu filho se chame Miguel! 

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now