"O único a quem confiei meu coração"

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Por Meg

- Onde está me levando, quer me dizer, por favor? Estou me roendo de curiosidade. - Oliver me abraça por trás e me conduz pelo castelo. Andar totalmente pelo escuro, é terrível, mas com o corpo do meu marido colado ao meu e sua boca em meu ouvido, a sensação muda e torna a coisa muito mais excitante.

Descalça, posso sentir o piso frio de pedras, debaixo dos meus pés.

- Estamos chegando, tenho certeza de que gostará... - a cada passo, minha ansiedade aumenta e ao ouvir a voz gostosa de meu marido bem próxima ao meu ouvido, meu corpo inteiro se arrepia.

Oliver para e segura-me pela cintura e, bem devagar, tira a venda de meus olhos.

É como se eu voltasse a Idade Média. Estamos numa espécie de calabouço, ou melhor, uma antiga masmorra. No canto direito, há uma armadura de algum cavaleiro da época, algumas espadas e escudos dispostos nas paredes e bem no centro do aposento, vejo uma cama em dossel com lençóis azul-cobalto e almofadas vermelhas.

Como um ambiente frio e cheio de possíveis lembranças ruins e carregado como esse, pode pode ter se tornado erótico com pequenas mudanças e alguns móveis?

Em outro canto, embaixo de uma pequena janela gradeada, há uma mesa com champanhe.

- Você arrumou isso... ou faz parte do local? - pergunto, já imaginando a resposta.

- Fiquei sabendo que havia uma masmorra nesse local e queria trazê-la aqui. Pedi para que arrumassem uma cama e deixassem até o final da nossa estadia aqui. Não gostou?

- Claro que eu gostei, meu amor. - Viro e alcanço sua boca. Meu corpo quer sentir o seu toque, quero absorver tudo o que Oliver tem a me oferecer.

Abraço seu corpo como se quisesse me colocar a ele. Minhas mãos correm por seu cabelo, suas costas musculosas e firmes e uma idéia maluca se apossa de minha mente.

- Oliver, quero fazer uma coisa...

- Diga o que quer. - roça sua barba em meu pescoço, me fazendo gemer. - Estou aqui para você, meu amor.

Pego em sua mão e o puxo até a cama.

- Deite-se. - digo.

- Hmmm... estou gostando de vê-la no controle, minha Foguenta! - sua voz grave me excita ainda mais.

Pego a venda e olho pra ele, como se esperasse sua permissão para o que eu quero fazer. Em resposta, sua boca se curva em um sorriso malicioso e muito convidativo.

- Eis-me aqui, totalmente seu escravo, Meg! - me ajoelho ao seu lado, colocando a venda em seus olhos, certificando-me de que ele não esteja vendo absolutamente nada.

- Meu escravo? - deito-me ao seu lado na cama e meus dedos descem por seu pescoço até chegar ao seu tórax. Vejo o movimento de sua garganta engolindo em seco ao sentir minha boca tomando o lugar do que antes eram ocupados por meus dedos. Minha língua percorre cada centímetro do seu corpo.

- Seu, somente seu. Nenhuma mulher conseguiu se apoderar de mim como você. Me sinto tão seu que se um dia eu lhe perder, ficarei perdido, não serei mais o que sou e o que me tornei. E você é só minha, pra sempre. - Suas mãos descem pelos meus cabelos segurando-os com força. Sua voz de tesão me instiga a continuar minha escalada. Oliver se livra da venda e continua. - Eu a amo muito e tudo o que sou pertence a você. Nunca me deixe, tenha cuidado. Sou forte, mas você e Olívia são meus únicos pontos fracos!

Oliver já se declarou muitas vezes, mas não como agora. Quem vê o Doutor Windsor não imagina o que há por dentro dele. O homem forte e determinado, dando lugar a um homem sensível, às vezes inseguro, temeroso por sua família e apaixonado.

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⏰ Last updated: Apr 09 ⏰

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