Confusos!

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Por Oliver

Acordo com Meg me chamando. Eu nunca pensei que dormiria tão bem nesse sofá como eu dormi essas poucas horas.

Ao me encaminhar para um banho, penso em tudo que aconteceu com Meg e eu. Estamos completamente loucos, um pelo outro. E nesse desejo desenfreado, até o que era para ser um banho tranquilo, tornou-se uma maratona de mãos bobas.
Eu já não me controlo perto de Meg e não faço questão de esconder, assim como ela também não.

Lembro de Meg ter me dito uma vez que nunca havia tido um orgasmo na vida.
E saber que eu fui o primeiro, me deixa feliz. Não é só sexo, é sobre intimidade. é sobre completar um ao outro.

Ao sair do banho, vejo que Meg deixou minha roupa arrumada no sofá, ao lado da sua. Mesmo sem ter a menor obrigação de arrumar minha roupa, ela fez e percebo que os mínimos detalhes são o que realmente fazem a diferença!

Já arrumado, de longe, vejo Meg se arrumando no banheiro e vejo o quão linda ela é. E percebo que acabei de entrar para o time de homens apaixonados, que ficam babando a namorada a todo momento!

Vou até Meg e digo o quão linda ela está e após trocarmos palavras carregadas de sentimentos e um um beijo, no qual estou viciado, voltamos à minha sala e, ao olhar meu telefone, vejo que Paul me ligou e, imediatamente aviso à Meg, que diz que irá ligar para seus pais.

Aproveito que Meg está no telefone e confiro meus e-mails e confirmo com o restaurante e o hotel, aos quais levarei Meg amanhã, se está tudo certo e da forma como pedi. Quero que seja uma noite especial para nós dois, principalmente para ela.

Depois de confirmar e me certificar de que tudo está como o planejado, ouço Sam falando comigo, me sento ao lado de Meg e cumprimento seus pais.

Paul me pergunta se estávamos de plantão e eu lhe respondo que não, logo levando um beliscão na coxa, que doeu pra caralho.

Acho que falei merda!

Meg e seu pai se parecem muito. Começo a perceber que ele está sendo sarcástico com a gente...bem como alguém que conheço!

Vejo que Meg está sem reação, então pego seu telefone e invento que
estávamos de plantão, mas eu cheguei depois dela e resolvi ficar aqui para adiantar algumas coisas. Pelo seu sorriso debochado, idêntico ao da filha, já sei que não o convenci. Mas eu também sei que sou péssimo com mentiras!

Meg consegue se despedir dos pais e vem falar comigo, na verdade, ela veio brigar comigo pela mancada que eu falei, mas eu não sabia que pra dizer que ela estava de plantão. Eu estava distraído resolvendo as coisas do nosso jantar. Por fim, tento distraí-la e parece que consegui, até escutarmos a risada de Paul.

Não acredito que Meg não desligou o telefone!

Corro e pego seu telefone, Meg tenta me segurar, mas eu sou mais rápido do que ela.

-Oi, Paul. Posso retornar a ligação para você em meia hora? Precisamos conversar.

Vejo que Meg estática, à minha frente. Mas eu não vou mais evitar o inevitável.

-Eu não esperava uma outra atitude de sua parte, Oliver. Fico no aguardo de sua ligação. 
Ah! E avise à Meg que eu já esperava por isso. Todos sabíamos que era apenas de tempo!

Paul ri ao telefone. Me despeço dele e desligo o telefone.
Olho para o telefone de Meg novamente, só para me certificar de que eu realmente desliguei o telefone.

-Oliver! Não combinamos que você conversaria com meu pai no sábado? Você não deveria ter falado com meu pai!

-Sim, Meg, foi o que combinamos, mas você não desligou o telefone e seu pai escutou tudo o que falamos aqui. O que queria que eu fizesse? Queria que eu continuasse a mentir para eles? Não! Respeito, mesmo não concordando, com sua decisão de não assumir nosso namoro para todos, mas não há como continuar mentindo para os nossos pais, principalmente para os seus. E, sinceramente, eu também não tenho a menor vontade de continuar mentindo e fingindo que nada está acontecendo. Meg, você não é uma garota qualquer. Você não é uma das garotas do meu passado, onde eu me relacionava com elas apenas por sexo e nada mais. Garotas essas que nunca ficaram em minha vida mais de três ou quatro dias!

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now