Cem por cento, Meg!

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Por Megan

Na manhã seguinte, remexo meu corpo na cama e o travesseiro ao meu lado se encontra vazio, ao me lembrar da madrugada anterior, meu rosto fica ruborizado de imediato.

Quem diria que eu daria meu rabo e o pior, ainda acharia prazeroso?

Pois é, só que para toda ação tem uma reação e pelo visto, a reação dessa estripulia prazerosa e safada me trouxe uma consequência não muito satisfatória, parece que estou sentada sobre um prego, minha bunda arde horrores e se depender de mim, Oliver não chegará perto do meu buraco precioso por muito tempo.

Me dirijo ao banheiro e lá, xingo palavrões inexprimíveis e amaldiçoo até a quinta geração ascendente dos Windsor!

Que dor do caralho!!!

Me arrumo e desço para comer alguma coisa. Estou com uma fome de vinte leões, um sono que não passa e um ódio de pinscher, pela dor que estou sentindo!

Não posso negar que, mesmo com vontade de matar o Oliver, ele foi um homem incrível comigo na noite passada. Todo o cuidado que ele teve, foi de enorme valia para mim.

Ao chegar na cozinha, o encontro sentado próximo ao balcão, mexendo em seu celular, enquanto conversa com Cora.

-Bom dia, Meg! - diz Cora, me abraçando.

-Bom dia, Cora. - digo, retribuindo o abraço e tentando olhar, sobre seus ombros, o que há de bom para comer, o cheiro está fazendo minha boca salivar.

-Meg, preparei panquecas com geléia de morango e suco de laranja, que eu sei que você adora! - diz Cora, com seu sorriso cativante.

-Oba! Estão morrendo de fome!

Oliver se levanta e me abraça. Se ele soubesse que eu quero matá-lo, talvez manteria distância.

-Bom dia, minha Feiosa. Pensei que não acordaria tão cedo. Eu ia pro hospital e ia deixá-la descansando. Mas já que acordou, sente-se aqui e coma. Eu irei esperá-la para irmos juntos.

Cora põe as panquecas e o suco sob o balcão e eu já começo a me servir.

-Por que achou que eu não fosse me levantar para trabalhar? -digo enquanto corto um pedaço de panqueca e levo à boca. Cora é a melhor.

-Porque você estava com o sono pesado! Seu telefone tocou duas vezes e você nem se mexeu!

-Estava com sono... - digo e sinto seu olhar malicioso sobre mim.

-Hmmm... entendi! Hoje temos a coleta para fazer, não era nem para você comer tanto. A propósito, sente-se, Meg. Vai comer em pé?

Desgraçado! Se ele soubesse que parece que estou com pregos em minha bunda, ele não diria isso!

-Prefiro ficar de pé, acordei com dor nas costas... - bebe seu café e ri da minha cara.

-Meg, tenho um bom remédio para sua dor, se quiser, podemos subir e eu aplico em você...

Me aproximo de Oliver, com vontade de matá-lo.

-Antes que eu me esqueça, vá a merda, Oliver! Eu prefiro ficar de pé, porque assim eu estico as minhas costas! - que situação!

Ele ri e percebo que Cora também.

Conversamos um pouco e eu, ainda de pé, termino meu café.

No carro, à caminho do hospital, Oliver confirma comigo se irei com ele na casa de seus pais.

-Claro que sim. - respondo e vejo que ele passa por um quebra molas, fazendo meu corpo se remexer todo. -Puta que pariu! Você não pode ir mais devagar, inferno?!

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