Só há espaço para você!

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Por Oliver

Convidei Meg para um passeio no Hyde Park depois do nosso almoço.

Andando um ao lado do outro, conversamos sobre o trabalho, como sempre e sobre como faremos para ir na casa de seus pais, no final de semana, já que minha família foi convidada.
Meg acaba me lembrando de que essa será a primeira vez em que eu estarei frente a frente com Thomas, depois de ter descoberto o desvio de dinheiro durante sua gestão.

-Oliver, já pensou em como será seu encontro com o Thomas? Provavelmente ele estará junto aos seus pais e o James.

-Ainda não, Meg. Não obtive nenhuma prova concreta de que ele foi o responsável pelo desvio do dinheiro, mesmo que tudo leve à ele. Não vejo a hora de poder resolver isso!

Meg fica em silêncio por alguns segundos, como se estivesse pensando em algo.

-Oliver, eu acho que conheço alguém que pode te ajudar com isso. Mas para isso, eu precisaria contar com a ajuda de uma terceira pessoa e acredite, é uma pessoa de minha total confiança e sua também.

Eu não quero envolver ninguém nisso, mas como Meg sabe que quero total discrição sobre o assunto, deixo que ela me ajude, mais uma vez.

-E quem seria, minha querida?

-Meu pai!

-Meg, Paul é o melhor amigo do meu pai. Quem nos garante que ele não irá contar nada?

-Eu lhe garanto. Conheço meu pai e sei que ele não contará nada à Richard. Ele é a única saída que eu vejo no momento. A menos que você tenha outra carta na manga.
No passado, talvez você não se lembre, meu pai teve um problema com uma de suas construções, pelo mesmo motivo que o seu, desvio de dinheiro. E como ele não queria levar problemas ao seu pai, que estava tendo problemas com seu irmão, Thomas, ele contou com a ajuda de um amigo que, se não me engano, é um policial aposentado, mas ele faz esses trabalhos de investigação. Lembro de meu pai falando que o cara parece um cão farejador.

Acabo rindo de Meg falando. É incrível como ela é linda como a mãe, mas tem a personalidade do pai. Em certos momentos, parece que eu estou conversando com o Paul!

-Sim, Meg. Eu me lembro de quando você me contou sobre o assunto. Meu pai estava tendo problemas com meu irmão na empresa. Thomas tinha sérios problemas em seguir as regras da empresa. Tudo bem, eu confio em seu pai. Deixa que eu converso com ele no final de semana.

Meg sorri. Ela gostou de eu ter aceitado sua ajuda. Ela nunca percebeu que dentre tantas opções, a dela é que a sempre prevaleceu.

Resolvo mudar de assunto e digo à convido para um jantar na sexta-feira, um dia antes de irmos para a casa dos pais dela.

-Meg, estamos em maio. Isso te lembrou algo?

-Sim, lembro que falta apenas um mês para o meu aniversário e você ainda não me perguntou o que eu quero de aniversário!

Diz sorrindo, em deboche. E eu acabo rindo dela.

-Claro que eu sei. Foi o mês em que nos conhecemos, Dr. Windsor! -completa.

-Isso mesmo, Srta. Bennet! E Como fazemos todo ano, eu queria convidá-la para jantar comigo, na sexta-feira, após o trabalho. O que me diz?

Meg para em minha frente e, sem seus óculos, me abre um lindo sorriso.

-Pensei que eu tivesse que convidá-lo esse ano, Dr. Windsor! O convite demorou, mas veio. 

Ela sorri e, quando eu menos esperei, ela me beijou.

EntrelaçadosWhere stories live. Discover now