𝟎𝟑 | 𝐀𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐀𝐃𝐀

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antes da festa no LuanRAPHAEL

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antes da festa no Luan
RAPHAEL

SAIO DO VESTIÁRIO E lá está ele. O moleque loiro com o sorriso mais lindo do mundo.

Meu pivete abre os braços pra mim e eu nem perco tempo em me abaixar para pegá-lo no colo.

Porra, eu amo esse menino. Eu amo meu filho e amo com tudo de mais puro e mais bonito que possa existir em mim. Nada que seja bom de verdade habita aqui dentro se não tiver um pedacinho de Thomas. Ele me tornou um homem de verdade e ser pai é a maior dádiva que eu poderia ter tido. Futebol é o de menos perto do meu filho.

E falando em futebol, Tom é fanático por esse esporte e pelo Palmeiras. Me sinto realizado sabendo que consegui passar o amor que sinto pelo meu time para meu filho. De geração em geração. Essa foi a promessa. O legado que começou com meu avô. E vai continuar por muito tempo enquanto eu viver.

— Você viu o gol do papai, filho? — Pergunto ao Tom.

O analiso melhor e noto o quão bagunçado ele está.

Bem diferente de quando nos encontramos antes de entrarmos em campo que os cachinhos loiros estavam todos ajeitados. Tom agora está com o cabelo completamente bagunçado, chega a estar pra cima. Ele está grudento também o que me faz pensar que estava brincando até agora.

Thomas balança bem a cabeça em concordância e logo me responde com a maior sabedoria sobre futebol para um pivete de 5 anos:

— Foi um de cabeça e outro de pênalti, papai.

É, tempo, vai com calma aí na moral.

Ainda me lembro quando Tom mal conseguia se comunicar direito. Me chamava de "papa" e a Isabella pelo nome porque era como eu a chamava. Ela ficava puta, principalmente pelo fato de Tom passar muito mais tempo com ela do que comigo. Ele não devia pegar minhas manias. Mas fazer o que né? O moleque é a cara da mãe, mas o jeito é tão parecido com o meu que eu até acho que a gente se parece fisicamente. 

— Isso mesmo, meu garoto — dou um beijo em sua bochecha e o ajeito no meu colo.

Levanto a cabeça e vejo Isabella com um sorriso feliz ao olhar para nós. Eu até diria que toda essa felicidade está relacionada a mim também, mas eu sei que por mim, ela não sente nada além de aversão.

— Vai ter festa na casa do Luan agora — digo a ela que desfaz o sorriso assim que percebe que estou puxando assunto.

No geral, nós temos uma boa relação, isso, é claro, por causa do Tom. Mas Isabella nunca escondeu a indiferença que sente por mim. Ela falta me xingar quando estou por perto. Há tanta coisa que ela gostaria de dizer que seu olhar grita as palavras. Eu só não consigo entender quais seriam essas, mas posso imaginar.

— Eu sei — ela diz, sem mais nem menos.

— Você vai comigo?

Isabella ri como se eu fosse um completo idiota por perguntar. Talvez eu seja mesmo.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now