𝟎𝟔 | 𝐁𝐄̂𝐁𝐀𝐃𝐀

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de volta a festaRAPHAEL

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de volta a festa
RAPHAEL

MAL COMEÇOU A FESTA e eu já quero ir embora.

Digamos que eu não sou o cara mais sociável do mundo. Eu gosto de conversar e de bater um bom papo produtivo, mas só quando estou num lugar calmo, sem muito barulho no meu ouvido, de preferência sentado e bem relaxado.

Hoje não está sendo um dia muito favorável para isso.

Primeiro que estou muito cansado.

O dia foi puxado de treino por causa do jogo contra o Grêmio, acordamos mais cedo, e forçamos nossos corpos a estarem mais fortes. O jogo foi insano e isso por si só já me faz querer uma boa cama só para que eu durma como se não houvesse amanhã.

Mas... é aniversário do Luan. Ou melhor, foi aniversário do Luan. Já passou da meia noite, então o aniversário dele e toda essa comemoração já devia ter acabado.

Só que tenta falar de não comemorar uma data festiva com esse pessoal aqui pra ver se você não leva um soco. Eu estou muito bem com isso pra simplesmente me intrometer nas decisões. Eu só venho, mesmo sem querer.

Depois do jogo a galera veio em peso pra casa do Luan pra festejar a vitória e mais um ano de vida do nosso zagueiro. Veio a meninada da base, as famílias dos caras, crianças, todos.

Ainda bem que o treino de hoje vai ser mais tarde que o normal. Mesmo assim nada justifica o fato dos meus amigos estarem bebendo demais e nem se importando com o sono quando estão bem entretidos com o karaokê.

Estou segurando um copo de suco de laranja que eu não dei um mísero gole sequer. Minha bateria social já foi pro saco faz tanto tempo que o Weverton que estava do meu lado até agora foi obrigado a caçar alguém decente que lhe dê atenção.

A culpa não é minha! Eu só quero ir embora. Não quero conversar.

E se eu for atrás do Tom? Posso dar uma desculpa e vazar antes do parabéns que é a única coisa que está me segurando nessa casa. Não posso ser tão filho da puta e ir embora antes de cantar parabéns pro meu amigo, né? Mesmo que o dia de seu aniversário já tenha acabado faz tempo.

Dou um gole na minha bebida, sentindo-a quente e fazendo uma careta por isso. Credo. Preciso jogar esse troço fora.

Decidido, começo a caminhar, não só para abandonar a bebida, como para caçar meu filho e dar um fora daqui.

Contudo, nada trabalha a meu favor, e um moleque se coloca na minha frente, me impedindo de continuar assim que acho uma lixeira e mando embora o copo com a bebida e tudo.

— E aí, Príncipe?? — Endrick está com o maior sorriso colgate que eu poderia ver no rosto dele. — 'Tá sozinho, é?

— Não — minto na maior cara de pau. — 'Tô indo atrás do meu filho agora mesmo e... talvez da Isabella, se ela tiver com ele.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now