𝟏𝟑 | 𝐋𝐈́𝐑𝐈𝐎𝐒 𝐁𝐑𝐀𝐍𝐂𝐎𝐒

7.7K 853 718
                                    

ISABELLASão Paulo - Capitalno instante do capítulo anterior

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

ISABELLA
São Paulo - Capital
no instante do capítulo anterior

ABRAÇO MEU FILHO, o apertando sobre meu peito enquanto tento em vão controlar meu próprio desespero em vê-lo machucado. É como se eu estivesse sentindo sua dor. E pior. Não posso expor. Não posso gritar ou chorar. Preciso manter a calma, para que meu bebê não entre em pânico. Ele precisa saber que está tudo bem. E mesmo se não estiver, eu sou a mãe dele, eu resolvo essa parada.

— Vai ficar tudo bem. Tudo bem. — Continuo dizendo, como uma canção de ninar.

Sinto como se tivesse voltado ao passado, quando Thomas era apenas um recém-nascido que chorava com cólica toda madrugada. Eu o pegava no colo e o aconchegava em meu colo até que a dor passasse e ele se sentisse seguro de novo. Porque é isso que uma mãe deve fazer, deixar seu filho seguro.

— Bella? Isabella?

Olho para o lado assim que percebo que tem alguém abaixado aqui perto de mim.

— Vamos levantar ele. — É seu Rubens que está aqui. Sendo a calmaria em pessoa ao falar comigo, mesmo que a situação de calma não tenha nada. — A ambulância chegou.

Fiquei tão concentrada em ninhar meu bebê e acalmá-lo que não me atentei a hora passando.

Passo o olho ao redor brevemente e vejo que o restante da família continua ali, observando o meu cuidado com Thomas, sem se intrometer ou atrapalhar. Mesmo que Dona Márcia esteja aos prantos e Duda tente acalmá-la.

— Chegou? — Pergunto, confusa.

Volto a encarar meu Thomas e ergo o pano ensanguentado que coloquei sobre sua testa para estancar o sangue. Não estancou. Merda. O corte foi fundo.

Rapidamente, e sendo mais forte que o normal, me coloco em pé. Seu Rubens não perde tempo em usar um braço para me ajudar, já que Thomas está em meu colo e assim irá permanecer até entrarmos na ambulância.

— Eu tentei pegar ele a tempo. — Gabriel rapidamente tenta se explicar, caminhando ao meu lado. — Mas não consegui. Eu não consegui, Bella. Me perdoe.

— A culpa não foi sua — digo a ele, para tranquilizá-lo. Meu filho só estava tentando se divertir. Do jeito errado. — Foi um acidente.

— Deixe que a gente cuide dele agora, senhora — avisa um dos socorristas, pegando meu filho do meu colo que logo começa a resmungar e o prendendo numa maca enquanto o levam pra dentro do veículo e verificam o corte em sua testa. — Você é a mãe?

— Sim.

— Só podemos permitir um acompanhante na van.

— Tudo bem, senhor — seu Rubens responde por mim. — Vai, Bella. Nós vamos logo atrás de vocês.

— Nos encontramos no hospital — informa Gabriel, ainda com o olhar de pânico e culpa.

— Eu vou ligar pro Raphael agora. — Dona Márcia pega o celular e entra dentro de casa com o aparelho no ouvido.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now