𝟑𝟓 | 𝐅𝐀𝐂̧𝐀 𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎𝐑

5.9K 610 733
                                    

ISABELLASão Paulo — capital no segundo do capítulo anterior

Ups! Tento obrázek porušuje naše pokyny k obsahu. Před publikováním ho, prosím, buď odstraň, nebo nahraď jiným.

ISABELLA
São Paulo — capital
no segundo do capítulo anterior

RAPHAEL VEIGA ERGUE A CABEÇA e arregala os olhos assim que me nota, assim que me reconhece e assim que se lembra de todos os nossos recentes momentos juntos. Ou seja, todas as nossas brigas recentes.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunto de novo, sem esconder minha surpresa e indignação.

Veiga está meio atordoado com minha presença, quase como se estivesse incomodado ou chocado. Assim como eu não estava esperando por ele, ele também não esperava me encontrar, principalmente pelo fato dos últimos dias eu estar em outro estado.

Me pergunto, se ele ganhou passe livre pra casa da minha mãe com a minha ausência. Não duvido nada. Ela o ama.

— Quando você voltou? — Ele respira fundo, ignorando totalmente a minha pergunta e saindo do elevador, mas fazendo questão de manter uma distância de mim.

— Hoje. — Respondo friamente, cruzando os braços. — E... o que você está fazendo aqui?

— Eu vim deixar as coisas do Tom — ele ergue o braço para mostrar a sacola que carrega, consigo notar algumas roupas ali dentro. Brinquedos. — Conversei com a Dona Lúcia que deixaria na casa dela antes de buscar o Tom na escola. E como o porteiro já me conhece...

Sim. Claro que sim. O porteiro é palmeirense. Mesmo que Veiga não fosse nada, ele deixaria o cara entrar.

— Deixa aqui comigo — digo, seguindo o corredor para poder abrir meu apartamento. Veiga vem logo atrás de mim. — Tem o que aí?

Digito a senha e abro a porta.

— Mano — Veiga simplesmente entra no meu apartamento para poder deixar a sacola na mesinha de frente pro sofá. Naturalmente. Como se fosse da casa. — Minha mãe separou um monte de coisa que ela tinha lá que não serve mais nele. Dona Lúcia disse que ia dar pra um primo de vocês.

— Sim. — O filho da minha prima que sempre fica com as coisas do Tom. A grande maioria eu costumo guardar, por lembrança, o resto eu coloco na doação. — Não me diga que você anda vindo na minha mãe direto?

— Venho — Veiga me responde, colocando as mãos no bolso enquanto eu permaneço ali na porta. — Como você não fala comigo há mais de uma semana, estou tendo que me comunicar com sua mãe sobre as coisas do Tom.

— Claro — cruzo os braços e já fico irritada. Raphael Veiga e sua típica mania de me tirar do sério com tanta facilidade. — Porque eu devo ser a pior pessoa do mundo por não querer falar com o pai do meu filho depois de uma briga.

— Em momento algum eu disse que você era a pior pessoa do mundo. — Ele se defende, manso que só. — Mas que estou sendo evitado, não pode discordar, né?

INTERE$$EIRA ━ palmeirasKde žijí příběhy. Začni objevovat