𝟎𝟒 | 𝐒𝐎𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒

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no caminho até a festaISABELLA (espanhol levemente alterado para facilitar o entendimento de todos sem precisar de tradução)

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no caminho até a festa
ISABELLA
(espanhol levemente alterado para facilitar o entendimento de todos sem precisar de tradução)

CHEGO NO MEU CARRO totalmente sozinha já que meu filho decidiu me abandonar. Ele, assim como toda criança, não conseguiu fazer essa escolha difícil entre papai e mamãe, optando pela mãe. Acho que todo mundo, tendo essa opção, sempre acaba escolhendo o pai.

Minha mãe que me perdoe, mas até quando se casou com meu padrasto, eu sempre escolhia ficar com ele porque era muito mais divertido passar um tempo qualquer com ele do que ficar em casa com ela. Eu me aventurava com meu pai, e passei a me aventurar com meu padrasto também.

Com Tom não devia ser tão difícil assim. Na verdade, é completamente diferente. Eu quando criança não gostava de ficar em casa com minha mãe, porque eu queria me divertir na rua e somente a figura paterna me proporcionava tal alegria. Essa é a diferença. Tom não tem esse problema comigo.

Eu me esforço muito, muito mesmo, para ser uma mãe divertida. Aventureira. Que gosta de sair e brincar. E ir em tudo quanto é brinquedo só para tirar um sorriso do rosto do meu filho.

Não sou chata ao ponto de ser aquela mãe que odeia sair de casa. Posso ser chata para outras coisas, as quais irão moldar o ser humano decente que estou criando Tom para ser. Até aí tudo bem.

Mas não sou chata, ou careta, para não ser escolhida.

Só que a grande questão de hoje nem foi essa. E sim o fato do pai do Thomas ser jogador de futebol e acabar de voltar de uma partida. Tom é fissurado por esse esporte e eu não tenho o talento do Veiga para dar graça a meu filho. Então entre escolher ficar com o jogador e com a mãe atriz, a escolha é simples.

E o pai dele é o Raphael Veiga, né? Acho que deve ser muito difícil resistir aos encantos desse aí. Todo mundo gosta desse cara. Admiram-o. E os elogios sobre o futebol dele também não ficam muito atrás.

Até minhas amigas têm desvio de caráter quando o assunto é esse homem aí. Um grandíssimo cavaleiro. Prestativo. Engraçado. É muito fácil se esconder em suas maravilhosas qualidades.

Mas eu o conheci em seu pior momento. Como pessoa. Eu sei quem ele foi comigo. E isso eu não vou perdoar, por mais qualidades que ele tenha hoje em dia. Por mais que seja alguém totalmente diferente de cinco anos atrás. Não quero um contato a mais com ele, falar sobre Tom já é assunto suficiente para nós dois.

Contudo, minha indiferença não pode, e nem vai, interferir nos sentimentos do meu filho pelo pai.

Não quero que Tom odeie o Veiga.

Eu sei que Veiga ama o filho como ele nunca amou mais ninguém em toda a vida. Ele é um bom pai. Se tem uma coisa que eu posso elogiar no Veiga é que ele é um pai foda. E não só porque tem dinheiro de sobra e pode dar tudo do melhor para o filho. Mas porque faz questão de estar por perto, de estar com Tom, de bater um papo, de ensinar, de aprender. Veiga ama a paternidade.

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