𝟐𝟖 | 𝐄𝐌 𝐂𝐀𝐒𝐀

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ISABELLASão Paulo — capital naquele mesmo dia, após o hospital

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ISABELLA
São Paulo — capital
naquele mesmo dia, após o hospital

ABRO A PORTA DO MEU APARTAMENTO, esperando receber uma paz divina pela qual eu realmente anseio nesse momento.

Veiga me deixou na portaria do meu prédio a pouco, depois de eu ter alta do hospital. Estou com a cabeça a milhão, não só porque estou grávida, mas porque Veiga veio o caminho todo até aqui planejando nosso futuro. Pensando nesse filho e em como podemos nos organizar com a chegada dele. Enquanto eu só ficava em silêncio, concordando com tudo.

Afinal, o que mais eu poderia fazer?

Eu tenho é que contar a verdade. É isso que preciso urgentemente fazer. Não só ao Veiga como ao Piquerez também.

O que antes já era difícil, acaba de se tornar impossível.

Não me sinto nada capaz de fazer tal coisa. Não me sinto capaz de causar essa decepção. Se fosse há uma semana atrás quando eu odiava Raphael Veiga com tanta facilidade, pra mim seria moleza dizer que posso, sim, estar grávida do Piquerez.

A questão é que descobri essa gravidez hoje. Quando Veiga e eu não só estamos bem pra caralho, como também desenvolvemos uma conexão que há tempos não tínhamos.

Ele soube do bebê e ficou feliz, afinal ele quer mesmo estar comigo para que sejamos a família que não conseguimos ser no passado. Raphael quer esse filho, ponto, e irá fazer de tudo só para que sejamos mesmo uma família.

E isso tudo porque não sabe a verdade que estou evitando a todo custo contar por medo de perdê-lo.

Ai que saudade de ser a mãe que resolve tudo. Que tem todas as cartas na manga e sabe exatamente tudo que tem que ser feito para que a vida seja perfeita.

No momento, eu me sinto como uma menininha de novo que acaba de descobrir uma gravidez e está solteira sem saber o que irá fazer da própria vida para resolver seus problemas e conflitos. Me sinto perdida. E extremamente cansada.

Talvez depois de uma boa soneca, eu acorde renovada e decidida sobre o que devo fazer.

É. É isso. Irei dormir e ao acordar, saberei exatamente o que fazer.

Abro a porta do meu apartamento e encontro Tini sentada no sofá, observando atentamente meu pequeno Thomas pulando do sofá para o chão e fazer a pose do homem-aranha cujo o qual está usando a fantasia vermelha.

Sorrio automaticamente em vê-lo, sentindo realmente aquela incrível sensação que só a paz de estar em casa com meu filho pode me trazer.

— Mamãe!! — Tom é o primeiro a me notar, ficando em pé numa velocidade absurda e correndo em meus braços.

Sem pensar já estou abaixada e o agarrando num abraço apertado. Mesmo que eu esteja fraca pra cacete e medicada, me coloco em pé com meu filho no colo só porque não consigo largar seu calor que está sendo reconfortando a minha alma.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now