𝟏𝟔 | 𝐓𝐈𝐍𝐈, 𝐓𝐈𝐍𝐈

8K 756 583
                                    

ISABELLASão Paulo - Capitalno fim de semana

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

ISABELLA
São Paulo - Capital
no fim de semana

PULO PRA FORA DA CAMA e começo a caçar minhas roupas pelo chão. Acho minha calcinha e visto apenas minha camisa com preguiça de procurar o shorts que eu estava usando.

— E aí? — O homem na cama, se mantém totalmente pelado, mas tendo o bom senso de cobrir da cintura pra baixo com o lençol enquanto se senta e se acomoda na cabeceira. — Vai hablar o que estás aconteciendo?

Piquerez simplesmente desiste de falar o português quando está comigo. Ainda bem que sou bem fluente no espanhol.

— No tienes nada aconteciendo.

Mentira. Claramente uma mentira.

Desde o que rolou entre Veiga e eu na última vez que nos vimos, anteontem, quando apareci no apartamento dele a fim de esperar pelo meu filho, eu venho com o objetivo de esquecer que aquilo aconteceu. Que toda aquele tesão foi real. Que nos permitimos um devaneio tão quente. Porra, a gente quase transou. De novo. E sem qualquer tipo de influência. Sem álcool. Sem nada. Apenas o desejo que eu pensei que não existia em mim. Mas existe e me condena.

Veiga me seduz de uma forma tão boa. Aquele beijo foi surreal. A gente transou no começo de Maio porque eu estava bêbada e não me lembro de tantas coisas daquele noite. Pude refrescar a memória. E eu não devia ter feito isso. Porque confundiu tudo.

Eu já estava toda cagada. Cheia de problemas relacionados justamente ao fato de ter transado com o Veiga depois de tanto tempo declarando guerra e ódio a ele. Eu estava determinado a esquecê-lo. Mas o destino é maluco, sabe? Fez meu filho se machucar e Veiga e eu nos aproximarmos por isso. E aquilo naquela cozinha aconteceu.

A gente ficou. E FOI A ÚLTIMA VEZ.

Pode ter sido uma coisa maravilhosa. Porra, foi incrível. A forma como nosso beijo se encaixou. A facilidade dele me colocar em cima da bancada. O jeito como ele estava me desejando...

Chega. Não posso pensar nisso.

Preciso ofuscar a sensação dos beijos daquele desgraçado e de seus toques quentes. E só tem uma maneira de esquecer Raphael Veiga: nos braços de Joaco Piquerez.

— Sei que algo anda mal, Isabella — Joaco volta a dizer, com uma careta de que suspeita que ando fazendo merda com a minha vida. — Te conheço desde que tenías diez años.

— Entonces deberías saber que está tudo bien si me conhece tanto. — Tento desconversar, fazendo até um jogo de ombro e usufruindo de minhas táticas teatrais.

— Es porque te conheço tan bien que sei que algo anda mal. — Olho para Piquerez e vejo seu olhar sério de quem não está para gracinha. Não hoje. Mesmo que tenhamos acabado de transar. — Vamos, rubia. Cuenta para mí.

Ele insistindo desse jeito é difícil ficar com o bico fechado por muito tempo.

Respiro fundo e tampo meu rosto para poder suspirar e esfregar os olhos. Só de pensar em desabafar sobre esse assunto, minha cabeça já começa a doer.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora