𝟑𝟕 | 𝐒𝐄𝐔 𝐅𝐀𝐕𝐎𝐑𝐈𝐓𝐎

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ISABELLA São Paulo — capital mais tarde, na casa do Piquerez

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ISABELLA
São Paulo — capital
mais tarde, na casa do Piquerez

MAL SAIO DO CARRO E JOACO já está me perturbando das ideias.

Decidimos vir pra casa dele porque seria o melhor lugar para conversarmos. Já sabemos que os paparazzis sabem onde é meu prédio, não queremos incrementar ainda mais nas fofocas. Além do mais, minha mãe é minha vizinha e tanto ela quanto Tini tem passe livre para meu apartamento.

Hoje, quero um pouco de privacidade pra variar. Um pequeno momento onde posso ser sincera com Joaco sem medo de ser pega em flagrante.

Só eu e ele. Ninguém mais.

— Entonces puedes perder o bebê? — Passo pela porta de fundo que não está trancada e adentro a casa de Piquerez, seguindo em direção a sala. — Hum??

— Sim — respondo sem entrar muito em detalhes. Expliquei brevemente no carro os riscos que o exame pode causar e Joaco ficou paranoico desde então. — Mas a porcentagem é baixa. A chance de aborto é de 1%.

— Pero hay chances! Isabella — Ele bufa, agarrando minha mão e me fazendo parar de andar. — Mírame.

Respiro fundo e faço o que me pede, viro de frente para ele e olho para seu rosto vendo claramente sua expressão de preocupado. 

— Como funciona este examen? — Ele pergunta calmamente, querendo saber mais. — Explícame exactamente.

— Bom — coloco uma mão na cintura enquanto a outra uso para gesticular, indicando minha barriga. — Eles vão aplicar uma anestesia na minha pele e vão retirar uma amostra do líquido amniótico.

— Com o quê? — Ele franze o cenho. — Una agulha!?

— É, né? — Digo simplesmente. — Utilizam uma agulha longa e fina para coletar uma amostra do líquido de dentro do meu útero.

— VOCÊ TIENES MEDO DE AGULHA! — Ele grita me informando algo óbvio, minha fobia de agulhas, e cruzando os braços logo em seguida. — Ficó loca!?

— Não tenho muita opção. Precisamos realizar o exame. Vou ter que enfrentar meus medos como uma mulher adulta. — O que eu não ando sendo ultimamente. Me pareço mais com uma adolescente que foge de seus problemas que nem o diabo foge da cruz.

Joaco começa a rir que nem uma hiena.

— Para desmayarte como la última vez que te socorri?

Aquela vez foi terrível. Fui fazer um exame de sangue e quase morri apenas em ver uma agulha. Minha pressão caiu e eu apaguei.

— Eu fecho os olhos. Ou peço pra me apagarem. Sei lá. — Não gosto nem de pensar em como vou realizar esse exame. — Mas preciso fazer. Não há outra escolha.

— Isabella, no me gusta la idea. — Joaco segura meus braços. — Tienes medo de agulha. Puedes perder o bebê também. Por acaso la agulha puede pegar no bebê?

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now