𝟒𝟎 | 𝐃𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆𝐎

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ISABELLASão Paulo — capital um calmo domingo em família

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ISABELLA
São Paulo — capital
um calmo domingo em família

ESTACIONO O CARRO NO MEIO FIO e Thomas puxa o pino da porta correndo, pronto para abri-la. Ainda bem que sou rápida em impedi-lo de sair.

— Calma aí, mocinho — ele vira a cabeça em minha direção, completamente confuso do meu tom. — Espera seu pai sair primeiro.

— Mas, mãe — Thomas começou a protestar agora e esse "mas, mãe" anda fazendo moradia em seu vocabulário —, a casa da vovó é aqui do lado.

— Seu pai ainda nem apareceu — informo, sabendo a quem eu devo entregar meu filho. Costumo entregar Tom na sexta-feira, mas teve jogo ontem e não deu pra buscá-lo. Por isso estou vindo trazê-lo hoje no domingo em família. — É com ele que você vai ficar aqui na casa da sua vó. Então vamos aos lembretes, vamos?

— De novo, mãe? — Ele encosta as costas com tudo no banco e começa a batucar as mãos nas coxas em ansiedade. — Você já me falou dez vezes de casa até aqui.

— Vou falar mais dez vezes se for o caso. — Na última vez, eu estava presente e ainda aconteceu o acidente. Hoje não estarei, preciso saber que Thomas tomará cuidado. — Nada de ficar brincando em lugares que não te deixam seguro. Corrimãos, fundo de piscina. Não é pra ficar...

— Pulando na piscina também. E nem ficar dando cambalhota. Eu sei, mãe. — Ele me interrompe, dizendo as palavras por mim. — Agora eu posso descer?

— Tom — suspiro, meio nervosa de deixá-lo sozinho aqui num domingo em família onde eles provavelmente usarão a piscina. Não tenho boas lembranças. — Promete pra mamãe que você vai se comportar?

— Prometo — ele diz com uma frieza que me obriga a perguntar mais uma vez.

— Tom? Por favor, promete pra mim direito. Pelo amor de Deus.

O menino fica impaciente, mas, para me agradar, vira em minha direção, pega em minha mão e diz com convicção.

— Eu prometo me comportar, mamãe. Não vou me colocar em perigo. 'Tá bom? Agora eu posso descer??

Por sorte, nesse momento, a porta daquela casa em que estou estacionada na frente é aberta e uma figura masculina vem a nosso encontro.

Minha boca se abre assim que eu o vejo e o analiso melhor quase como se estivesse caminhando em câmera lenta. Usa uma bermuda de praia colorida e está sem camisa. Repito, está sem camisa.

Que desgraçado gostoso.

Acho que olho demais para os gominhos em sua barriga ou seu peito malhado ou até mesmo as entradas para a bermuda que me fazem pensar em mil besteiras.

Se acalma, Isabella. Se controla.

Tom rapidamente pula pra fora do carro assim que vê seu pai e isso me desperta dos pensamentos sujos.

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