𝟏𝟏 | 𝐔𝐌 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄

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ISABELLASão Paulo - Capitalsábado a noite

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ISABELLA
São Paulo - Capital
sábado a noite

JOACO VIRA EM MINHA direção assim que abro a porta do apartamento e o encaro. Há um buquê de rosas em sua mão esquerda. Rosas lindas e vermelhas.

— Feliz cumpleaños, rubia.

Ele me oferece um sorriso tímido assim que estende o buquê em minha direção. O cheiro forte de rosas impregna minhas narinas, me obrigando a aproximar ainda mais o rosto para cheirá-las devidamente.

— No pensaste que no te daria un presente, né? — Ele me pergunta, provavelmente notando a minha surpresa com o tamanho daquele buquê.

Eu sou das antigas, entende? Gosto de mimos românticos assim. Me faz sentir como se eu estivesse sendo cortejada. E ser cortejada, para mim, é especial. Sou uma mulher atraente ao ponto de um homem se sentir no dever de me cortejar. Os gestos mais bregas e românticos são os que ganham o meu coração fragilizado.

— Eu pensei que tinha se esquecido — desabafo.

Minhas palavras sentidas por tantos motivos que se eu começar a falar, vou chorar. E não quero chorar. Que eu permita ter um momento merecido nessas últimas horas do meu aniversário.

— Nunca esqueceria.

Minha vez de sorrir tímida.

— Esperé que estivesse sola para venir aqui e tener este momento contigo. — Ele pega minha mão, a qual não segura o buquê, e a acaricia. — Como en los buenos tiempos.

— Obrigada. Por estar aqui comigo agora e por não se esquecer de mim.

— Já disse — ele ergue minha mão até a altura de seus lábios só para conseguir depositar um beijo nas costas mantendo os olhos fixos nos meus. — Nunca esqueceria.

E ele realmente nunca esqueceu.

Desde antes. Quando éramos só dois adolescentes e a crueldade da vida nos separou. Por anos nos mantivemos distantes. Por anos sem nem conversar um com o outro.

Contudo Joaco nunca se esqueceu de mim. E assim que teve oportunidade de voltar o contato, as conversas, a presença, ele voltou. Voltou pra mim. E se mantém presente.

— Entra — dou passagem para ele e rapidamente vou atrás de um jarro com água para colocar minhas rosas. — Fica à vontade, né? A gente pode...

Minhas palavras falham quando seu corpo quente me envolve por trás. Ele me abraça, encaixando seu corpo no meu, usando as mãos para acariciar minha barriga. Sua cabeça se afunda na curva do meu pescoço e tanto sua respiração quente quanto o beijo que deposita ali me faz arrepiar por inteira.

— No acha que las flores seriam um presente suficiente, né? — Seu sussurro é tão incrivelmente excitante que meus olhos pesam pelo poder de suas ações.

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