𝟎𝟗 | 𝐂𝐎𝐌 𝐎 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀?

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JOACOSão Paulo - Capitala noite

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JOACO
São Paulo - Capital
a noite

TIA LUCIA COLOCA UM prato cheio de batata inglesa assada bem na minha frente e me oferece uma maionese caseira numa bisnaga e dois sachês de ketchup. Sem contar a jarra de suco de goiaba que ela acabou de preparar.

— Se alimente, hijo — ela me diz, dando umas batidinhas em meus bíceps. — Tem que manter esses brações, não?

— Gracias, tia — agradeço sorrindo e metendo batata pra dentro.

Tom está do outro lado da mesa, se empanturrando de macarrão com carne moída.

Eu o trouxe pra cá antes de ir pro treino mais cedo. Fiz como sua mãe me pediu e o deixei com a vó. Mas o treino foi rápido, bem rápido por sinal. A maioria do pessoal estava capengo por causa da festa de ontem e como ganhamos o jogo, tivemos um desconto.

Retornei pro apartamento de tia Lucia assim que sai do CT, nem passei em casa. Vim o mais rápido que pude porque quero falar com Isabella o mais rápido possível.

Só que eu cheguei aqui e onde ela está?

Bom, não sei. Só sei que ainda não chegou.

E olha que já faz um bom tempo que estou aqui. Tia Lucia conseguiu fazer macarrão pro neto e batata pra mim. E Isabella ainda não chegou.

Será que devo me preocupar outra vez?

Porra. Em menos de um dia, amadureci vinte anos. Virei pai e estou cuidando de uma marmanja velha de vinte e quatro anos. Já consigo notar as rugas embaixo dos meus olhos e até algumas mais expressivas na testa.

— Hijo — tia Lucia atrai minha atenção. Ela está sentada ao meu lado, tomando apenas um copo de suco de goiaba. — Já ligou pra Isabella? Estou ficando preocupada.

Parece até que estava lendo meus pensamentos. Ou conhecemos tão bem Isabella que qualquer atraso já nos deixa em alerta. Por Deus, já não basta a preocupação toda que essa menina me causou pela manhã. Será que aguento uma bomba duplicada?

— Ela debe estar...

Nem consigo concluir minha fala quando a porta do apartamento se abre e uma loira atravessa o vão, vindo direto e reto em nossa direção na sala de jantar.

Isabella está suspirando de alívio por finalmente estar em casa, mesmo que seja a casa de sua mãe e não a sua de fato, e vem correndo em direção ao Tom assim que o avista na mesa. Ela, como a grande mãe que é, o abraça (parece até que não vê o menino a mais de um ano) e o ergue da cadeira com uma facilidade absurda.

— Ai, meu amor. A mamãe sentiu tanto a sua falta.

Sentiu a falta e estava fazendo o que durante a madrugada? Safada. Deixa só eu descobrir com quem que essa doida dormiu que eu vou preparar o sermão nível pai. Abracei a personalidade mesmo.

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