𝟐𝟐 | 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐀𝐃𝐄

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ISABELLABarcelona — Espanha naquela mesma madrugada

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ISABELLA
Barcelona — Espanha
naquela mesma madrugada

RAPHAEL VEIGA ME CONDUZ PELO HOTEL com a mão unida a minha. Estamos de mãos dadas. Como um casal apaixonado. A energia que transpassa entre nós é tão gritante que a gente não consegue ficar sem dar uma risadinha. Me sinto uma adolescente prestes a fazer algo insano. Maluco. Proibido.

Talvez eu esteja agindo como uma adolescente mesmo, completamente imatura em não resistir aos encantos do ex.

Sim, eu sei que ele é meu ex. Eu sei tudo que já passei por causa dele. Mas duas pessoas não podem se reconectar? Eu o odeio, não aguento olhar pra cara dele. Maior mentira que já contei. A verdade é que ele tem poder sobre mim.

É como dizem, né? Simplesmente tropecei e cai na cama dele.

Que se dane. Não tem problema. Porque quando eu olho para Raphael Veiga, ah meu Deus! Eu esqueço tudo. Só existe ele. E não só porque ele é um tremendo gostoso. Mas porque, nesses curtos momentos de prazer, eu me sinto bem. Tão bem ao ponto de querer mais outra vez.

Meu cérebro começa a protestar assim que finalmente a porta é aberta e eu adentro o quarto super mega arrumado dele. A cama dele está ali e eu sei o que farei. Eu sei o que acontecerá. E eu quero tanto que aconteça.

— Incrível seu quarto estar tão arrumado — digo, olhando ao redor, mas sentindo meu corpo todo arrepiado em ansiedade. — Nem parece que tem alguém dormindo aqui. É tão ajeitado e bonito.

— É — ele sussurra enquanto se coloca atrás de mim, suas mãos deslizando pela minha cintura enquanto me puxa pra perto até minha bunda roçar em sua virilha. Depois ele deposita um beijo em meu pescoço e eu fico maluca. — Ficou muito melhor com você nele.

Uma de suas mãos deslizam pelo meu quadril e aperta firmemente minha bunda, percebo o calor entre as pernas ficando mais forte.

Ninguém nunca diz. Ninguém nunca explica o prazer de fazer algo proibido. O prazer de saber que está no erro, que isso não devia acontecer, mas, ao mesmo tempo, ser o erro mais gostoso de se cometer. Só dizem para não fazer, ninguém alerta ou ensina a fugir da tentação. Ninguém ensina a não gostar do que não se pode mais ter.

E sabe por quê?

Porque todo mundo gosto da adrenalina de algo proibido. Porque, por mais julgamentos que existam, o prazer que isso lhe traz é mais revigorante do que qualquer outra coisa. No fundo ninguém liga pra a opinião alheia. Nada mais importa do que o corpo quente de alguém que não é seu. Nada mais importa do que o amor de seu ex, mesmo que seja só por uma noite.

Se torture o quanto quiser, ainda sentirá prazer. E isso é uma praga. Porque me sinto presa e ao mesmo tempo feliz. Quase como se estivesse realizada. E isso não devia fazer sentido, mas faz. E está fazendo tanto sentido agora que meu coração está entregue.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now