𝟒𝟕 | "𝐏𝐎𝐑 𝐕𝐎𝐂𝐄̂"

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ISABELLASão Paulo — Capital um fim de tarde no hospital?

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ISABELLA
São Paulo — Capital
um fim de tarde no hospital?

TEM UMA VELHA LOIRA correndo pra dentro do quarto de hospital em que estou muito bem acomodada.

Estou deitada com uma puta dor na cabeça, mas isso só porque me recusei a ser furada por uma AGULHA pelo qual tinha o objetivo claro de melhorar as minhas dores.

Eu disse que aguentava. Que não estou tão ruim. Mentira mais mentirosa que eu já disse. E isso porque sou uma tremenda medrosa. O pânico que uma agulha pode me causar, ninguém consegue explicar.

Acho que vou acabar me humilhando e pedindo um comprimido, estou com tanta dor que a luz do quarto está me incomodando.

Mesmo assim abro um sorriso pra receber a minha família.

A loira vem até mim com os olhos arregalados em desespero. Ela está acompanhada de uma garota morena com clássico piercing de argola na boca que chega primeiro do que ela.

— Filha!! — Minha mãe toca em meu braço assim que se aproxima o suficiente. — Que susto que você nos deu. Você 'tá bem?

Ela analisa meu rosto, tocando em minha bochecha e depois verificando meu pulso, minha temperatura, minha cor, num jeito bem mãe preocupada mesmo.

— 'Tô, mãe. — Digo com pouca motivação, a dor me impossibilita de entrar em detalhes de como estou. — Só levei umas unhadas.

E demiti a Suellen. Tudo valeu a pena e isso que importa.

— Eu espero seriamente que você tenha arregaçado a cara daquela vadia! — Tini se pronuncia, ficando de braços cruzados e completamente puta. — Bater numa mulher grávida é o pior crime que existe.

— As pessoas não sabem que estou grávida. Bom... — penso direito no que acabo de dizer. — Não exatamente.

— Quem não sabe 'tá se fazendo. — Tini rebate. — É questão de lógica. Juntar uma fofoca na outra. E, minha filha, brasileiro vive de fofoca. Você é o momento. Quem não saberia?

— É bom que as pessoas não saibam — Camilla se pronuncia, sentada na cadeira mais distante, com os braços apoiados nos joelhos. Ela que me trouxe ao hospital. Me socorreu e ficou comigo até agora. Junto de Jô, que está esperando lá fora. — Precisamos preservar a imagem da Isabella.

Minha mãe e Tini faltam quebrar o pescoço ao olhar para a mulher sentada ao lado, surpresas pela presença de outra pessoa no quarto. E surpresas também por ser uma completa desconhecida.

— Quem é você? — Tini se questiona, olhando com desdém para Camilla. Quase posso imaginar que a tonta da minha irmã está com ciúmes por outra pessoa estar aqui no lugar que devia ser reservado a família.

Estou pronta para apresentar a mulher, quando minha mãe abre a boca e me deixa totalmente confusa:

— O que 'cê 'tá fazendo aqui, Camilla? — Os olhos arregalados de minha mãe é de completo choque e isso só faz minha cabeça doer ainda mais pela confusão que me causa.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now