𝟒𝟐 | 𝐒𝐄𝐔 𝐈𝐃𝐈𝐎𝐓𝐀

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RAPHAEL
São Paulo — Allianz Parque
depois do jogo

— VOCÊ É UM IDIOTA!? — grito quando descemos pro vestiário e estou de frente para Piquerez, agarrando a camisa dele e o virando em minha direção. — Puta merda, que porra foi aquela? Ficou louco?

Piquerez balança a cabeça, me empurra pra conseguir se soltar de mim e continuar caminhando pra longe. Ele passa pelos vestiários, depois segue um corredor deserto pra dentro do estádio. Vou seguindo esse desgraçado e falando a cada segundo:

— O que foi aquilo, porra? Piquerez! — Ele não me dá ouvidos, continua andando como se quisesse realmente fugir. — Fala comigo, cara. Você sabe a confusão que isso vai gerar? No que você estava pensando?

— No estaba pensando. No pensé! — Ele se vira em minha direção só para bufar na minha cara, o rosto sério e as palavras vindas diretas de seu coração o que torna tudo ainda mais intenso. — 'Tá? La única coisa que se passou por la mi cabeza nesse gol era una razón para celebrar.

Uma razão? Demoro alguns segundos para compreender.

— O bebê é seu motivo para comemorar — informo, entendendo seu sentimento.

Talvez na hora da emoção e da euforia de fazer um gol, principalmente num cenário como aquele em que estavámos perdendo e conseguimos empatar, eu também não pensaria. Só comemoria. E eu comemoraria, sim, a vinda de um novo bebê. Do meu bebê.

— Yo puede no ser el papa deste bebê, Veiga. — Ele volta a dizer, consigo notar seus olhos vermelhos e marejados. — Pero nada vai mudar lo que siento por ele. Es parte de mí. Es mi familia. Fiz una estupidez e... ahora voy tener que lidar com ela.

Porra. Eu estava pronto para acabar com ele. Xingá-lo de todos os nomes possíveis por ter comemorado o gol daquela maneira e acabar gerando a maior confusão do século. Complicando a vida de nós três, principalmente a da Isabella que será o maior alvo dos haters.

Mas só em ver a forma como está sentido, como reconhece o erro e diz que não fez para prejudicar ninguém, é difícil não ficar ao lado dele. É difícil não sentir empatia.

— Tenemos que hablar con Isabella — ele diz, preocupado. — Eu preciso... Eu... No fiz para prejudicala.

— Sei disso — assinto, pressionando os lábios e ficando do lado dele. — Vamos resolver.

— Crees nisso? Crees que es posible resolverlo? 

— Creio — coloco uma mão em seu ombro. — Vamos dar um jeito nisso, fechou? Mas... vamos ter que virar os maiores mentirosos desse país. 'Tá pronto pra esse cargo?

— Estoy pronto para tudo ahora. Prefiero ser um mentiroso do que destruir la vida de Isabella.

— Então é isso. Vamos falar com o Cury e planejar uma...

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