𝟓𝟑 | 𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐀𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄

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ISABELLASão Paulo — Capital ainda no mesmo dia

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ISABELLA
São Paulo — Capital
ainda no mesmo dia

ME SENTO NO SOFÁ com uma nova cumbuca de canjica em mãos. Meu filho se senta bem ao meu lado, comendo o lanche que seu pai comprou porque esse menino é mimado ao extremo. E se tiver alteração no sangue dessa criança, eu juro que eu vou matar o Raphael.

— Tomtom — Tini chama e meu filho ergue a cabeça na hora com a boca toda suja de ketchup. — Você não quer comer a minha batata também, não?

— Vai entupir meu filho de comida, Tini! — Protesto.

— É que eu pedi de gula.

— Eu quero, tia!!

— Não, Tom! — Seguro-o no sofá antes que pule daqui e coma mais aquela batata. — Filho, você já comeu um lanche inteiro e nem 'tá conseguindo dar conta da sua batata. Vai passar mal que nem naquele dia. Você se lembra??

— Eu 'tô bem, mãe. Deixa eu comer, por favorzinho.

— Não, não! — Fico séria de um jeito que não o faça insistir mais. Ele se cala com um bico de insatisfação. — Já não basta comer essas porcarias, agora quer se entupir de comida.

— Calma — sinto uma mão em minha coxa e ao olhar para o lado, vejo Veiga tentando me conter. — Ele não vai comer. Não é, Tom? Termina sua batata primeiro.

— 'Tá bom, pai.

Dame essa batata aqui — Joaco rouba a batata da mão de Tini e começa a comer por conta própria.

Tini só revira os olhos pro uruguaio, do jeito de sempre, com ódio. Mas ela logo olha para mim e bate as mãos.

— Eu tive uma ideia — todo mundo fica em silêncio para que ela possa continuar. — Já que estamos todos juntos como família, que tal umas fotinhos?

— Fotinhos? — Veiga se questiona. — Isso aqui é uma agência de modelo e eu não 'tô sabendo?

— A namorada do tio Piquerez já é bonita que nem uma modelo — Tom fala, fazendo Pilar sorrir envergonhada. — Eu já posso te chamar de tia, tia?

— Pode sim, meu amor.

— Ah, saquei — Veiga arregala os olhos, começando a compreender o porquê Tini sugeriu as fotos. — Vamos tirar como?

— Às vezes a sua lerdeza me impressiona — Tini solta com uma careta de desdém. — Tão esperto pra umas coisas e tão sonso pra outras. Por isso que as coisas ainda estão assim.

— Que coisas?

— Olha só! — Tini aponta pra ele com as duas mãos abertas. — Não 'tô falando?

— Como que você vai tirar as fotos, Tini? — Pergunto, voltando ao foco antes que esses dois se matem só em ficar se alfinetando.

— Pode ser uma selfie. Vou postar no meu story. Despretensiosamente. — Ela se levanta da poltrona e se aproxima do sofá, já pegando o celular do bolso. — Como se fôssemos grandes amigos se reunindo numa sexta-feira à noite para bater uma boquinha. Então... se posicionem.

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