𝟑𝟐 | 𝐃𝐄𝐒𝐌𝐎𝐑𝐎𝐍𝐀𝐍𝐃𝐎

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RAPHAELSão Paulo — Capitaldezembro de 2017

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RAPHAEL
São Paulo — Capital
dezembro de 2017

— SENTIU?? — ISABELLA me pergunta, apertando mais forte minha mão sobre sua barriga redonda e esticada. — Nosso menininho 'tá agitado.

— Se eu senti?? — Porra. Temos aqui um jogador caríssimo. Nível europeu. — Isso aqui foi chute de jogador caro, Isabella.

Abaixo a cabeça, aproximando meu rosto ainda mais da barriga dela para conseguir falar melhor com meu filho, o mais novo reforço do Palmeiras, Little Thomas ou, a versão abrasileirada, Tomzinho.

— Oi, filhão. — Acaricio a pele de Isabella como se eu pudesse acariciar meu próprio filho. — Papai 'tá tão orgulhoso de você. Esse chute aí, rapaz, é coisa de campeão. Já consigo te ver cobrando pênalti, levantando taça. Quem sabe, ganhando uma bola de ouro??

Isabella ri do que eu digo, achando graça dessa última parte.

— Não acha que 'tá sonhando demais, papai? — Ela me pergunta.

— Claro que não — nego de imediato. Nada sobre meu filho é sonhar demais. — Eu só consigo imaginar coisas grandes pro Tom. Seja qual for a área que ele escolher, e Deus queira que seja o futebol. Quero que meu filho seja uma referência. Seja gigante, sabe? Tipo o Messi.

— É, você tem razão. — Ela assente, desviando os olhos para sua própria barriga, olhando para nosso filho. — Tomzinho, saiba que a mamãe irá te apoiar em tudo. Mas chutando desse jeito, filho, eu só consigo te imaginar na Seleção Brasileira.

— Se a gente fosse da geração passada, lá pra antes dos anos 70, e esse menino nascesse naquela época, era ele e o Pelé, 'tá?

Isabella solta uma risada.

— Olha isso, filho — ela cutuca a barriga. — Seu pai 'tá te comparando com o Rei Pelé, que moral, hein.

Sinto outro chutasso bem onde minha mão está. Isabella e eu nos entreolhamos ao mesmo tempo.

— 'Tô te falando! — Me empolgo e dou um beijo na barriga dela. — Thomas Craque Veiga!!

Ainda estou com as mãos sobre a barriga dela quando sinto sua pele arrepiar.

Me surpreendo com a reação de seu corpo, mas não ouso em afastar minhas mãos dali. Não estou maluco de acabar com esse momento.

Quando ergo a cabeça para encará-la, e minhas mãos deslizam para sua cintura, a vejo respirar fundo, gostando do que faço.

— Eu tenho algum limite aqui? — Pergunto. Nossos olhares fixos um no outro. — Ou eu posso continuar te tocando?

— Depende — sinto sua mão subir pelo meu braço e puxar pra mais perto.

— Do quê?

Me ergo e me sento devidamente de forma que agora seu rosto está a centímetros do meu e é seu pescoço o qual eu seguro.

INTERE$$EIRA ━ palmeirasWhere stories live. Discover now