Capítulo 6

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        Seus passos eram rápidos, não pelo medo de ser seguida, pois isso nunca lhe preocupa

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        Seus passos eram rápidos, não pelo medo de ser seguida, pois isso nunca lhe preocupa. Mas porque não suportava o cheiro que vinha da sua companhia. Como ela desprezava os homens como ele, nojentos, bandidos, pedófilos. Não aguentava ficar perto e não aguentava mais esperar até chegar a seu destino. Quando finalmente cruzou a última esquina que precisava, chegando ao Hotel Le Vintage. Ele era enorme, bonito, velho mas com uma decoração bem conservada ao modelo Vintage. 

        Ao entrar, percebeu que ele era realmente no estilo que dizia. Era um lugar que precisava de algumas reformas,mas ainda havia muito encanto na decoração Vintage. Passou pelo saguão e foi direto até ao balcão, fingindo ser a acompanhante dele. Estava vazio, um travesti estava folhando uma revista, quando parou e lhe deu atenção:

- Boa noite senhorita, o que posso fazer por você? - Perguntou Liz, uma recepcionista Transexual e extremamente simpática.

- Boa noite querida, eu quero um quarto. Para cinco noites. Sem serviço de quarto certo docinho? - Ela segurou os lábios dele fingindo um selinho, sem tocar nele, é claro.


   Liz achou o comportamento anormal de ambos e perguntou:

- Ele está bêbado ou chapado mesmo?

- Os dois. - Respondeu ela deixando o corpo dele cair sobre o balcão.

- Oh! Que nojo! Como você consegue? É tão bonita, e ele... Ah! - Perguntou Liz, afastando se do homem, com nojo do estado deplorável que ele se encontrava. Suado e fedido.

- Bem, assim eu não preciso fazer nada. Apenas minto na manhã seguinte. Dinheiro fácil, fácil garota. - Piscou ela para a atendente careca de batom roxo claro.

- Pois então, aqui está a chave. Assina aqui, por favor. - Liz deu a chave com uma plaquinha de número 9 e arrastou o livro de registro até ela.

- Acho que pulamos essa parte. - A Vamp pegou a carteira dele, e abriu. Tinha muito dinheiro.

      Provavelmente ele tinha assaltando outro bar antes daquele em que deu azar de topar com ela. Contou por alto e tirou um maço de notas de 500 dólares. Separou duas para um canto, e virando se contra a câmera que tinha notado, entregou o restante do montante. Liz ficou desconfiada. Era muito dinheiro. Mas sinceramente não se importava, aquele hotel tinha muita, muita história. Uma morte a mais ou a menos não fazia diferença alguma. Pegou o dinheiro. Contou sem pressa, sem olhar para a Vamp.

Filipha podia facilmente hipnotizar, mas às vezes era bom sentir receio do desconhecido. Hipnotizar o tempo todo e todos os humanos perdia a graça.

- Não funcionam, as câmeras. - Apontou para ela.

- Hum-rum. - Murmurou impaciente Filipha.

-Bem, tenha uma boa estadia senhorita... Rita Orra. - O homem com nome de Liz no crachá Sorriu para ela, dando um adeusinho.

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now