Capítulo 21

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       Allie tinha acabado de chegar em casa da sua viagem a cidade natal, Cannon

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       Allie tinha acabado de chegar em casa da sua viagem a cidade natal, Cannon. Apesar de estar mais irritada do que antes, ela percebeu que não conseguiria ficar parada, simplesmente a espera e de luto. Ela era uma agente e precisava descobrir quem era o homem responsável pelo assassinato de seu irmão. Estava decidida, deixaria suas coisas, comeria algo e iria até a delegacia. Convenceria seu chefe que estava bem e que tinha que trabalhar.

      Em uma adrenalina absurda, ela deixou tudo de lado. Trocou o casaco por um de coro escuro. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e preparou algo para comer. Enquanto cozinhava, colocou uma música que gostava para se distrair. Cerca de quinze minutos depois, estava comendo massa com molho branco e bacon. Lavou a louça e organizou rápido a cozinha. Pegou sua bolsa menor, seus pertences e a arma. Carregou-a. (Melhor prevenir do que remediar) Pensou ela deixando a arma dentro da calça, nas costas tapando sua visão com a roupa. Trancou a casa e embarcou no carro, seguindo rumo ao trabalho.

      Chegando lá, alguns estranharam sua presença, mas ela ignorou e cumprimentou a todos com respeito. Seguiu para sua sala, que estava abandonada desde que ela parou de trabalhar, há uma semana. Não demorou muito para ouvir cochichos de que ela estava de volta, logo imaginou que Tom apareceria. Dito e feito. Ele entrou em sua sala a mil, acompanhado de dois agentes que lhe eram familiares.


- Decker, que diabos está fazendo aqui? - Perguntou ele em tom alterado, dia ruim.

- Estou de volta ao trabalho delegado. - Falou ela abrindo a gaveta de sua mesa, pegando os arquivos do caso de Finn.

- Não, definitivamente não. - Falou ele impaciente, sentando-se na cadeira diante dela.

- Estou pronta para reassumir o caso.

- Decker, eu repassei para outro. Entenda, é seu irmão e talvez isso seja difícil para você. Lamento sua perda, mas deixei o caso nas mãos seguras dos agendes Oliver e Noah de Detroit. - Falou o delegado, apontando para os dois federias que estavam desconfortáveis ali.

- Não! Eu tenho esse caso. Eu vou descobrir quem é o responsável pela morte de tantos homens e inclusive de meu irmão.

- Decker, não teste minha paciência!

- Dane-se sua paciência Tom! Esse caso é meu, fim de papo. Estou subindo pelas paredes em casa, francamente licença não me ajuda em nada. Só ficou mais irritada. Preciso trabalhar e ocupar meu tempo, pensamentos com algo produtivo. Se você me mandar embora de novo, eu me demito. - Disse ela explodindo.

- Decker, não exagere... - Falou ele respirando fundo. Ela era a melhor de Chicago, não podia perder uma agente tão qualificada e também Decker era diferente. Ela tinha faro para esses tipos de casos difíceis, ela analisava os fatos e descobria conexões onde era impossível aos outros agentes.

- Não estou exagerando. Eles podem continuar no caso, mas eu assumo. - Disse ela de braços cruzados, sabia que tinha vencido.

- Certo, como queira. Pegue o desgraçado. - Falou o delegado, saindo da sala.

- Tom. - Chamou ela antes que ele sumisse. Ele voltou atrás e a encarou com uma expressão de que não sabia o que ela queria.

- Obrigado. - Concluiu Allie.


     Seu chefe piscou consentindo, sumindo na delegacia. Allie voltou ao trabalho, era como se estive em um parque de diversões, mas às vezes ela ficava sem dinheiro para comprar as fichas para ir aos brinquedos. Os dois agentes federais ficaram ali, esperando para serem notados. Contudo, Allie estava tão focada que havia se esquecido deles completamente. Noah aproximou-se dela e começou a falar:

- bom dia agente, é bom tê-la de volta no caso. - Disse ele respeitosamente, esticando a mão para um aperto firme.

- Agradeço a gentileza. Desculpem pelo que ouviram, tem sido um dia ruim. - Ela cumprimentou-o.

- sem problemas. - Respondeu Oliver, bufando.

- Nessa sua semana afastada, encontramos mais uma vítima que parece ser mais uma do nosso serial Killer. As mesmas características. - Começou Noah, entregando uma pasta que ele segurava, abrindo essa na parte que ele se referia.

- Tripas para fora, muito sangue e claro, a vítima era um homem com uma ficha extensa de denúncias sexuais. - Disse Oliver adiantando a leitura do caso.

- Sem digitais. - Destacou Noah, enquanto Allie folhava o arquivo com agilidade.

- Certo, já foram ao local? - Perguntou ela.

- Não ainda, foi ontem pela manhã. Só soubemos agora de manhã. - Disse Noah, olhando para Oliver que talvez pensasse o mesmo que ele.

- Então vamos lá. Preciso dar uma olhada na cena do crime, para tentar visualizar a mente desse psicopata sádico. - Disse ela se levantando da mesa.

- Vamos com você. - Falou Oliver, acompanhando ela.


      Durante o percurso, eles foram com ela em seu carro. Chegando no lugar, havia policiais da delegacia onde Allie trabalhava, era um grande distrito. Eles desceram do carro e Allie passou a barra de isolamento. Seus colegas a reconheceram, mas Noah e Oliver tiveram que mostras os distintivos para acompanha-la.

      O corpo não estava mais ali, contudo ainda uma equipe de limpeza tentando recolher DNA e digitais. Ela fechou os olhos, tentou imaginar o que aconteceu. Talvez ele fosse um profissional, a mando de alguém. Mas parecia tão agressivo, não era pessoal mas também não havia razoes por mais que fosse o dinheiro, de ser um assassinato tão meticuloso.

      Ela pensou que talvez ele fizesse aquilo porque gostasse, talvez fosse apenas um passa tempo arriscado. Geralmente as pessoas comentem crimes hediondos pelo risco de serem descobertas. Mas o que não se encaixava naquilo tudo, era o fato de que apesar da marca registrada das tripas para fora, ele parecia ser desleixando em alguns aspectos. Não havia arma do crime. Algo estava faltando naquilo tudo. Precisava ver o corpo.


- Agentes, o que acham de darmos uma olhada no corpo? - Sugeriu ela, sendo que na verdade ela iria de qualquer jeito. Com ou sem a presença deles.

- Acha que pode ajudar em alguma coisa?

- Sim, é possível. Para ter uma análise mais detalhada é preciso rever os passos do crime mas também o que ficou de evidencia na vítima. Vamos? - Perguntou ela, saindo do cercado isolado.

- Sim, claro. - Respondeu Noah enquanto Oliver revirava os olhos.

De volta no carro, Allie pensava que aquele caso estava longe de ser resolvido. Mas tinha que buscar de todas as formas solucionar, só assim conseguiria dormir bem a noite. Ligou o carro e fez o percurso até o necrotério onde havia sido levado o corpo. Noah estava do seu lado na frente, enquanto Oliver atrás falava sobre como a cidade era cheia de criminosos. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now