Capítulo 22

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    No necrotério, foram bem recebidos pelo senhor Eliot, era o responsável pelo necrotério em si

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    No necrotério, foram bem recebidos pelo senhor Eliot, era o responsável pelo necrotério em si. Ele conhecia a agente Allie e sem dificuldades alguma, os três agente e o senhor entraram na sala onde estava o corpo recentemente encontrado e identificado. Eliot era um senhor de aproximadamente cinquenta e nove anos, era alto e corpulento. Tinha barba e cabelo preto com alguns fiapos grisalhos. Ele abriu uma gaveta, puxando toda sua extensão onde o corpo estava armazenado. Já costurado e pronto para ser enterrado ou cremado.

- Senhor, pode me dizer se foi você que inspecionou o corpo? Digo, costurou. - Perguntou Allie colocando luvas, e os dois agentes também.

- Sim, fui eu.

- Certo, o que me diz da sua opinião quanto á arma do crime?

- Era um belo corte, bem reto e objetivo. Diria que seria um bisturi, mas com certeza a pessoa que o fez tem uma mão firme. - Falou ele, observando os agentes tocarem no corpo enquanto ele ficava ali, de pé só respondendo suas perguntas, com vontade de comer um sanduíche.

- Não encontramos nenhum vestígio de matéria, seja lamina ou marcas. Nem digitais, isso é o mais estranho. - Comentou ela, tocando os pontos ainda inchados da barriga dele.

- Não consigo imaginar nenhum objeto que fosse capaz de fazer algo tão reto, preciso. Só unhas mesmo. - Disse o senhor dando de ombros.

- Como? Disse unhas?

- Sim, veja. - Falou ele, mostrando sua própria mão.

- Aqui foi acidentalmente meu gato que me machucou, quando eu estava lhe dando banho. Não vê como são perfeitos? - Mostrou ele seus machucados, que de fato não havia falhas.

- Algo como presas, um felino. - Disse Noah, trocando olhares com Oliver.

- Mas um urso ou animal não teria feito isso. Não repetidas vezes. Também não encontramos pelo nele. Não diria que foi unhas, porque teriam que ter as unhas para fazer esse estrago todo. - Disse ela cética que fosse um animal, achava que o responsável usava algum óleo ou material para cortar e levava a arma do crime junto. Mas a pergunta que não calava, era como não tinha DNA nem vestígios.

- Talvez ele tenha usado uma capa na faca.

- Mas daí como iria cortar?

- Não precisa ser algo incrivelmente plastificado, só uma leve camada para não deixar marcas nem impressões. - Cogitou Eliot, que sabia que existia aquele tipo de material, uma vez que o mesmo usava.

- Não sei não... - Disse Oliver sem acreditar na sugestão dele.

- Aqui. É isso que quero dizer. Tem uma película que impede de entrar qualquer vestígio, mas não impede de cortar a pele. - Disse Eliot, mostrando-lhe seu bisturi protegido.

- Você parece entender bem desse tipo de equipamento. - Ressaltou Noah.

- Sim, eu trabalho com isso. - Deu ele de ombros, esperando que os agentes tivessem terminado.

-Bem acho que temos tudo. Obrigado senhor. - Disse Allie saindo da sala com os dois atrás dela.

- Cara sinistro. - Comentou Oliver.

- Ele só é uma pessoa com conhecimento. - Respondeu Decker.

- Não para pouco, o trabalho do cara meio que exige isso. - Disse Noah recebendo um sorriso de estar certo da agente.


      De volta ao carro, ela os deixou na delegacia e fez o caminho de volta para casa. Já eram sete horas da tarde, lá fora estava escuro e frio. Desceu do carro entrando em casa, levando com ela a bolsa e a pasta do caso. Estava exausta. O dia tinha sido movimentado.

      Trancou a porta de entrada e foi para o banho. Despiu-se e relaxou na água quente da banheira. Depois do banho, vestiu o pijama de algodão e fez aquilo que gostava, se enfiou no sofá com cobertas. Ligou a televisão e começou a ver Investigação Discovery.

       Pediu comida pelo celular e enquanto essa não chegava, esperava ansiosa. Cerca de meia hora depois o pedido chegou. Ela pagou e deu uma pequena gorjeta. Levou a sacola para a mesa no centro da sala, pegou um prato e uma lata de refrigerante na geladeira.

      De volta no sofá, ela devorava a primeira fatia da pizza de calabresa com queijo. Aguardando para comer a outra vegetariana. Entre goles na bebida, mordidas na pizza e olhos presos a televisão, a noite de Allie passou assim. Enquanto ela estava em casa, os agentes dormiam em um hotel barato, estudando e fazendo pesquisas relacionadas a seres místicos. Eles não eram agentes, eram caçadores. Estavam ali porque achavam que podia ser um lobisomem, agora tinham certeza que estavam errados.

       Porém não sabiam ainda o que era aquilo. Noah pesquisava no notebook tudo sobre criaturas mitológicas que se transformavam em pássaro, enquanto Oliver comia um hambúrguer e bebia cerveja. Mal sabiam eles, que aquela noite estava sendo bem movimentada em Chicago.

- Não, por favor! - Implorava a mulher, quando uma espada cortou sua mão em só golpe.

      Arfando de dor e sangrando em demasia, a vítima se contorcia. O responsável por isso parecia desconectado, não se importava com o sofrimento dela. Cortou sua outra mão, enquanto ela se debatia vendo sua outra mão caindo no chão e o sangue jorrando por toda cozinha de sua casa.

       Francisca era uma mulher casada, feliz e bem sucedida, mas era uma empresária impostora. Ela lucrava muito com seu site de apostas ilegais em um comércio de venda de pele de animais pela internet. Suas mãos eram seu triunfo, pois seu trabalho se baseava em digitar o dia inteiro a procura de fazer mais e mais dinheiro. Quantos mais animais sacrificados, mais pele e mais compradores. Não se importava com o modo que eram mortos, ela só pagava aos caçadores e faturava cerca de 600% em cima da mercadoria.

       Seu marido era advogado de causas conjugais e não tinha conhecimento sobre isso, só sabia que a esposa trabalhava em uma multinacional vendendo produtos diversos na empresa que trabalhava. Ela tinha um filho chamado Lucca, ele tinha oito anos. O sujeito a deixou ali mesmo, jogada no chão agonizando. Lavou as mãos na torneira, mas ele usava luvas. Não era idiota. Secou as mãos na toalha de louca e pegou um plástico em sua bolsa de couro. Juntou as mãos dela do chão e guardou nesse plástico, dentro da bolsa. Saiu da casa deixando a porta encostada.

     A mulher agonizou por muito tempo, vindo a morrer só depois de quase uma hora. Seu marido e filho tinham ido ao jogo de Rugby demorariam a vir. O sujeito estava longe, quando era morreu. Sua casa não tinha sinais de arrombamento nem briga. Mas a cozinha estava um caos.

       Filipha esperava por Stevan na frente da casa dela, vestindo um casaco sobretudo preto e quente. Usava meia calça e sapatos de camurça. Segurava sua bolsa mágica com tudo que ela achava essencial (Desde coisas de mulher, a objetos para matar suas vítimas). Ele parou e estacionou. A vampira entrou e logo se beijaram. Seguiram o caminho, indo a um lugar diferente do que ela imaginava. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now