Capítulo 26

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       Allie Decker acordou com o celular tocando as 4:30 da manhã

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       Allie Decker acordou com o celular tocando as 4:30 da manhã. Sonolenta, ela acabou atendendo, uma vez que o aparelho não parava de tocar.

- Alo?

- Allie, precisamos de você. Recebemos uma ligação de uma adolescente que diz que encontrou o pai morto no quarto. Também recebemos uma ligação da família de um dos nossos policiais, parece que Guilherme foi assassinado. Tripas arrancadas. - Disse Tom desesperado.

- Guilherme? Meu Deus...

- Sim, sim. Estou chegando na casa da garota com a equipe em vinte minutos. Mandei os agentes Oliver e Noah para a casa de Guilherme. A onde você vai primeiro?

- Vou lá também. Preciso ver isso. Caramba!

- Certo, depois passem aqui, vou mandar uma SMS com o endereço. Lamento atrapalhar sua noite detetive. Conto com você. - Disse ele e desligou.


        A agente especial levantou de um pulo da cama e trocou rápido de roupa. Vestiu botas e um casaco quente. Guardou a arma e pegou a bolsa, jogando o celular dentro. Saiu de casa trancando tudo, correu para o carro dando partida nesse. Ela lembrava onde o policial Guilherme morava, uma vez que ela já tinha estado lá em um churrasco do trabalho. Ao chegar no local, deparasse com três viaturas de polícia e um empala. Estaciona e sai do carro, guardando a arma na roupa, atrás das costa.

       O terreno estava sendo cercado, uma pequena equipe de policiais procurava deixar tudo como estava, esperavam a equipe de limpeza. Oliver e Noah estavam com a família de Guilherme. A esposa era baixinha, gordinha, usava pijama de algodão xadrez, um filho que era a cara do pai, igualmente gordinho como o pai e a mãe. E a filha, ela era uma típica garota jovem, pijama curto e unhas pintadas. A garota chorava e soluçava ao responder. Aproximou-se devagar e deu os pêsames a família, se apresentando:

- Agente especial Allie Decker. Lamento sua perda senhora, família.

- Porque isso foi acontecer! - Chorava a mulher desesperada.


    A agente pediu desculpas e se retirou. Os dois agentes a seguiram, repassando todas as informações que tinham. Enquanto eles iam para cena do crime, o quarto do casal.

- A esposa estava no banheiro, fazendo necessidades e mexendo no celular. Disse que não ouviu nada, a casa estava silenciosa. Os filhos estavam nos próprios quartos, dormindo. Pelo que ela disse, foi algo rápido. Questão de dez, quinze minutos. Ela saiu do quarto, onde ele estava dormindo, foi para cozinha, comeu um pouco de sorvete e foi para o banheiro.

- Basicamente, enquanto a esposa via vídeos de gatos fofinhos no vaso, o marido estava sendo assassinado. É uma merda. - Falou Oliver, brincando com a situação.

- Minha nossa. - Falou ela, vendo seu antigo colega morto na cama. Sua barriga estava dilacerada, com as tripas para fora e pescoço com uma faca cravada.

- Uma arma do crime foi deixada dessa vez, excepcionalmente incomum a todos os casos anteriores.

- É um sinal. Um alerta a família ou alguém. Essa pessoa conhecia ele, pois deixou a faca e ainda correu o risco de ser pego em flagrante pela esposa. - Dizia Allie, entrando no quarto.


      Colocou luvas e fitava todo local. Janela aberta, o corpo na beirada da cama. Os agentes também entraram e colocaram luvas. No quarto, não havia ninguém se não os três e o morto. Allie tentou juntar as peças, pensava como o serial killer podia ter mudado drasticamente seu percurso de assassino de criminosos, para um policial honesto. Ela não compreendia mais nada. Suas ideias de que o serial killer fazia por justiça seus crimes agora não batia mais. A menos que Guilherme fosse corrupto. Mas isso ela não tinha como saber.

      A equipe de limpeza havia chegado. Entraram na casa e alguns no quarto. A maioria já isolava tudo com fitas enquanto outros tiravam suas malas e equipamentos de última ponta como leiser, maquinas sensoriais, câmeras de raio-x e colocavam luvas. Estavam todos vestidos com um macacão branco de plástico, usavam tocas. Aquele caso seria mais difícil do que pensavam.

    Noah precisava falar com Oliver a sós, mas não falaria agora porque iria chamar atenção. Apenas observava os movimentos da agente Decker. Allie andou pela cama, observando de perto o pescoço da vítima. Apesar da faca cravada e do sangue, estava roxo.

       O que significava que ele tentou lutar pela vida e provavelmente o criminoso o sufocou enquanto abria sua barriga. Depois cravou a faca porque seria mais rápido. (Mas porque deixou a faca?) Pensava ela indo até a janela. Olhou bem o vidro, nada de digitais. Olhou a parte de fora e encontrou algo. Era um pedaço de tecido preto. Pegou, puxando com calma. Estava preso em um prego.


      Os agentes ficaram surpresos. Pois tinham olhado tudo e não tinham encontrado aquilo. Allie guardou a amostra de tecido em uma embalagem que um dos policiais da limpeza lhe entregou. Pensava que seria maravilhoso encontrar uma digital. Ainda mais, se fosse do suspeito.

      Chamaram a família para acompanhá-los até a delegacia para fazerem um relatório mais especifico. Os demais policias ficaram na casa com a equipe de limpeza, os agentes especiais e os federais voltaram para delegacia. No carro da polícia federal ia a família de Guilherme, Allie ia sozinha em seu carro e os dois agentes iam com o empala.

      Durante uma parte da manhã ela fez perguntas aos filhos e a esposa viúva. Mas não tinha conseguido nada de plausível para indica-la uma suspeita em potencial. Mas ao que tudo indicava, era o mesmo criminoso. Estava tão cansada. Almoçou muito pouco, dando beliscadas na comida do restaurante. Os agentes falavam pouco, Bruce estava investigando o crime da adolescente, mas também troca informações entre os colegas. Não era o mesmo criminoso de Guilherme. Era o intitulado ''Litlle Manny ''.

       

      No restante da manhã, ela e os agentes foram até a casa onde outro crime tinha acontecido. Conversaram com Bruce agente especializado em crimes psicopatas e com Tom, seu chefe, chegando ao consenso final de que aquele crime era de Litlle Manny. Tentaram ajudar Bruce, mas de nada adiantou, pois não havia impressões digitais.

       Na parte da tarde, releu as diversas pasta e chegou à conclusão de que se tratava de dois seriais Killer's distintos. Eles talvez se conheciam, ou não. Quando achou que tudo estava uma droga, chegou até ela a informação de que uma jovem que estava desaparecida tinha sido encontrada morta em casa. Ela e os agentes tiveram que ir até lá dar uma olhada. Era mais um crime diferente, mas esse não dizia nada a respeito de seu criminoso, ou mesmo de Litlle Manny.

       De volta à delegacia, o dia passou tão rápido que Allie nem acreditava que já tinha passado. Eram sete da noite quando se despediu dos agentes e foi para casa. Sua mente estava cheia, tão confusa e agitada. Tinha trabalhado 15 horas e não via a hora de chegar em casa para tomar um bom banho e dormir. Em casa, Allie se jogou no sofá e dormiu em seguida.

       Duas horas depois, acordou com frio. Olhou o celular que estava no bolso, eram 21h40 da noite. Seguiu para o banheiro, tomou um banho rápido, pois queria comer algo e ir dormir. Depois de comer uma comida requentada da noite anterior, ela escovou os dentes. Trancou bem a casa e foi para o quarto. Enfiou-se nas cobertas e antes de pegar no sono implorou a Deus que o dia seguinte fosse mais tranquilo. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora