Capítulo 50

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     Voando alto no céu, Stevan está sob a forma de corvo segurando Filipha que está como uma Ravena

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     Voando alto no céu, Stevan está sob a forma de corvo segurando Filipha que está como uma Ravena. Ao avistar a casa dela, ele decide aterrissar, pois estava exausto. Com cautela, ele entra pela janela da sala que está aberta. Assim que desce ao chão, se transforma em sua verdadeira forma. Filipha demora um pouco, mas também se transforma. Ela não fala nada, mas percebe o nervosismo de seu amado.

- Amor? Você está sentindo dor? - Pergunta ele, sem entender, tentando ajudá-la a sentar-se no sofá.

- Sai! Não me toca. - Disse ela ríspida, encarando ele com raiva.

- O que houve? O que eu fiz? - Pergunta ele sem entender, ajoelhando-se aos pés dela.

- A culpa dessa zona é sua! Que droga Stevan! - Ela dava tapas nas costas dele, enquanto esse tentava não revidar, agachado no seu colo.

- Desculpe! - Ele implorava, se recompondo.

- Affs! No fim das contas, isso ia acabar acontecendo. - Disse ela, cuspindo as balas fora, se regenerando onde havia sangue e o buraco da bala.

- Então você me desculpa? - Perguntou ele confuso.

- Eu estou chateada porque não esperava ter que me transformar na frente deles. Dois deles são caçadores. - Filipha já estava bem, mas sua roupa ainda tinha o buraco das balas. Contudo, ela estava boa novamente.

- Caçadores?

- Sim. São nojentos, gostam de matar criaturas como nós e acham que tem direito disso só porque são humanos. Hipócritas! - Cuspia ela, um pouco de sangue.

- Ainda não entendi... - Dizia Stevan, sentado despojadamente no sofá.

- Eles vão tentar nos matar. A mim já estavam caçando e agora vão caçar você também. - Disse ela indo até a cozinha.

- Eles querem nos matar. Ok. Só porque não somos mais humanos? - Stevan embora fosse um Vamp, ainda não sabia nada sobre o mundo místico.

- Digamos que é uma rivalidade antiga. Tudo começou quando um vampiro começou a matar pessoas para sobreviver forte e vital. Eles simplesmente nos odeiam. E nós a eles. Inclusive Lobisomens, bruxas e todos os outros tipos. - Falou ela, voltando da cozinha sugando uma bolsa de sangue 0- e entregando outra a Stevan.

- Obrigado amor.

- Temos que caçar. Temos que recuperar a força e ficar mais ainda poderosos. - Disse ela, preparando mentalmente uma ideia do que fariam mais tarde.

- Eu estou com fome. Seria ótimo sangue fresco. - Reclamou o vampiro ao beber do sangue gelado, ele preferia o sangue ainda quente e direto da jugular.

- Vamos sim. Inclusive já sei até quem. Só preciso que você me leve até ela. - Falou Filipha, apertando as bochechas dele, ela estava com ciúmes do que ouviu no interrogatório na cadeia.

- Não entendi. - Ele disse, de fato sem entender ao que ela se referia.

- A vadia da sua secretária. Vou matá-la. Por tentar foder com você e porque você é meu. Pelo que ouvi, ela recebeu um agrado... - Bufou a vampira ao lembrar, com vontade de arrancar a língua dele fora e lavar com água sanitária.

- Ha isso. Na verdade eu não tive intenção. Só caí de boca. - Tentou se justificar, bebendo o sangue.

- Idiota! - Resmungou ela revirando os olhos.

- Eu ouvi isso. Posso até ter agido errado, você tem o direito de me pisar, mas não de me chamar de idiota. Coloque-se no seu lugar! - Mandou ele, querendo impor respeito e um lugar na vida dela.


        A Vamp aplaudiu. Começou a rir e ele a mandava ficar calada. Até que certo momento, Filipha não tolerou mais. Ela era a dona daquela casa. A casa era sua! Eles podiam ser casados, mas ela não era submissa dele e nunca seria. Ela o encarou sério, fazendo Stevan perceber que ela só esperava o momento certo para ataca-lo ou então manda-lo embora de sua vida. Ele respirou fundo. Estavam alterados, ele desculpou-se, mas ela interviu, falando por ele:

- Vamos deixar uma coisa bem clara entre nós. - Ela o chamou para se sentar no sofá, parecia uma mãe furiosa prestes a dar uma chinelada no filho.

- Diga. - Resmungou Stevan.

- Eu sou uma imortal há mil e trezentos anos. Nunca me casei e nunca dependi de nenhum homem na minha vida. Eu me apaixonei por você. Permiti que entrasse na minha vida e o transformei a seu pedido. Você é meu amigo, companheiro e só peço que seja fiel a mim enquanto diz que me ama. Se quiser apenas sexo, tudo bem. Por mim está ótimo. Mas então não vejo necessidade de um casamento. - Filipha falava sério. Ela não mandava nem exigia, estava falando como uma mulher experiente e deixou Stevan sem palavras. Continuou:

- Um casamento é uma união, um matrimonio. Eu sou fiel a você. Tanto intimamente e quanto a qualquer coisa. Profissional e pessoal. Só lhe peço o mesmo. Caso contrário, é melhor assinarmos o divórcio e terminar por aqui. Não sou mulher que me calo para macho e nunca deixarei um homem dizer o que devo fazer, com quem e como. Comigo é assim. Diz que ama, mas eu não quero só palavras, quero atitude. Você disse ter  '' caído de boca' '. O que, você é? Um bebê engatinhando e ela era um sorvete?! Me poupe! Se controle! Você leva meu sangue em suas veias e meu sobrenome. - Disse ela apertando o braço dele com suas unhas, fazendo Stevan sangrar.

- Amor, desculpe você está certa.

-Não sou uma menininha, tenho mil e trezentos anos! Ou você aprende a me respeitar e ser digno de estar comigo, ou acabamos aqui e agora. - Terminou ela de falar, cruzando os braços e sumindo escada a cima.


       O vampiro se sentia péssimo. Como podia ter chegado a esse ponto?! Eles ainda estavam na lua de mel e já tiveram uma briga séria. Stevan nunca foi um homem orgulhoso quando humano e não seria agora. Ela estava certa. Ele a amava e precisava demonstrar isso com atitudes não apenas palavras e como bom amante na cama. Foi até a cozinha, serviu-se de vinho tinto e colocou um pouco para ela em outra taça.

       Sentia-se péssimo. Ele foi burro e caiu em uma estupida tentação. Afinal, porque fez aquilo? Se tivesse chupado seu pescoço seria mais comum. Ela provavelmente entenderia. Ele ficaria puto se estivesse no seu lugar. Precisava demonstrar que estava arrependido. Prometeu a si mesmo que nunca mais cometeria o mesmo erro e permaneceria sendo totalmente fiel a ela. Em todos os aspectos. Ela era uma mulher do caralho e ele só um homem. Tinha muito a aprender.

       Com as duas taças e o vinho fechado debaixo do braço, subiu calmamente as escadas, indo até o quarto onde sabia que ela estava. Ao entrar, viu Filipha debruçada na cama. Ela parecia estar cansada. Ela tentava ser forte, mas estava fraca. Precisava caçar e se alimentar. Tinha usado todas as energias para se recuperar. Ele deu a volta na cama, deixou a garrafa no chão ficando de frente para ela. A Vampira o encarava com uma expressão de decepção. Ele lhe deu uma taça, ajoelhou ao seu lado e disse, segurando sua mão:

- Me perdoe. Fui burro e você está certa. Provarei a você que não cometerei o mesmo erro nunca mais. Farei isso passando a imortalidade ao seu lado, se você permitir. Eu a amo. Sei que foi muito rápido, nos casamos e bum! Mas o sentimento é a única coisa que importa verdadeiramente. Só peço uma chance, para aprender com você. A ser um homem inteligente, responsável e digno de ser chamado de seu marido. Perdoe-me, Rose. - Ele beijou a palma de sua mão e a viu chorar. Filipha bebeu um gole do vinho que ele lhe serviu de seguida e sorriu docemente.

- Eu te perdoou. Como sabe sobre isso?

- Sei que não tinha permissão, mas acabei lendo muitos dos seus diários. Seu verdadeiro nome é Rosemary. Desculpe. Outra vez. - Ele sorriu. Sentiu-se tolo, deu outra mancada.

- Tudo bem. Não deve haver segredos entre nós. Marido. - Ela o beijou e assim, fizeram as passes começando a tirar a roupa e fazendo amor. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now