Capítulo 11

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       A noite estava apagada

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       A noite estava apagada. Não havia tanta beleza sem barulho, sem humanos, sem a diversão Vampiresca que lhe ansiava. Contudo, para uma imortal noturna, eram noites assim que lhe despertavam seu eu interior. Sem pressas, sem fome, restava apenas ela mesma.

       Odiava esse sentimento. A humanidade era algo ridículo para ela. Mas não podia evitar a consciência que às vezes fazia questão de bater à porta e dizer olá. Ou como Filipha mesma diz lhe importunando.

       Solitária, as memórias do passado lhe assombrava os pensamentos trazendo à tona sentimentos esquecidos. Deitada em sua cama king size, os lençóis de seda não tinham mais o conforto que um dia tanto ansiava.

    Deitada de barriga para cima usava seu vestido preto básico, comprido e com rendas no busto. Ela gostava de se sentir sempre exuberante. Descalça, ela raspava os pés no tecido dos lençóis, sentindo sua maciez. Seu perfume caro havia passado para os lençóis deixando sua marca neles.

       Adorava ser uma Vamp e principalmente a liberdade que era ser uma criatura superior às outras. Seus poderes ajudavam muitíssimo ao longo da eternidade. Desde lhe proporcionar o conforto, elegância, mimos e demais coisas que nunca teve oportunidade quando fora humana.

       As memórias eram horríveis e mesmo evitando ao máximo havia momentos em que elas voltavam como uma onda que bate de rompante na areia.

       Aos poucos as memórias vinham e ela não podia evitar. Deixou-se levar pelas recordações e afundou na insignificante dor do passado.


 Lembranças do Passado...

"Era Outono e as folhas secas das árvores do jardim da casa grande caíam suavemente sobre sua cabeça. Filipha era uma empregada na mansão do Conde ILanc. Um senhor muito respeitado e temido pelos inimigos que fez ao longo dos anos.

- Rosemary! O que está fazendo aí? - Perguntou sua mãe chegando de repente por trás da garota.

- Minha mãe! Não chegue assim sem avisar, da próxima meu pobre coração não aguentará. - Disse a garota dramatizando.

- Ora essa! Deixe de manhã e venha me ajudar, sim?! - Ordenou a mãe puxando a filha pelo braço.

- Aí! Calma, já vou mamãe. -Resmungou a garota, correndo apressada com seu longo vestido da moda. A saia era arredondada, cheia de babados, fitas e era de um tom verde esmeralda. Contudo, era gasto e não muito esbelto.


      A jovem era muito pobre e vivia na Ucrânia, em um pequeno vilarejo com seus pais e irmãos. Todos moravam em um casebre de tijolos longe da casa principal, era daquela família de empregados do Conde há três gerações. Sua mãe e seu pai haviam nascido ali, naquele celeiro tal como ela. Ser pobre era muito difícil, ainda mais em uma época onde a escravidão estava presente com uma marca forte.

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Donde viven las historias. Descúbrelo ahora