Capítulo 13

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Lembranças do passado

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Lembranças do passado...

 - Vamos Allie! Corre! - Chamava o garoto animado.

- Espera Finn! - Corria ela atrás do irmão que atravessava a rua com pressa.

Do outro lado da rua estava o café do Senhor Ruan, um senhor muito simpático que fazia os melhor bolo do mundo. Na opinião dos irmãos Decker's é claro.

- Opa, olha, olha quem chegou! - Dizia o senhor Ruan empolgado por receber as crianças.

- Boa tarde senhor! O senhor tem aquele bolo de cenoura? - Dizia Finn ligado no trezentos enquanto Allie ainda corria até ele.

- Oi, cheguei! - Dizia Allie recuperando o fôlego.

- Eu cheguei primeiro. - Dizia Finn mostrando a língua enquanto a irmã revirava os olhos.

- Boa tarde senhor Ruan, como vai o senhor? - Cumprimentou ela, perto do balcão onde o dono servia duas fatias generosas de bolo em dois pires.

- Vou bem e seu pai, Felix e a sua mãe Dona Dolores? Tudo bem?

- Sim eles estão bem. Papai já vem vindo. Ele ficou para trás. - Disse ela dando uma risadinha.

- Acredito, aqui estão crianças. - Disse o senhor Ruan, saindo do balcão com dois copos e uma garrafinha de refrigerante. Enquanto os irmãos Decker's pegavam cada um o seu prato com bolo.

     Eles sentaram-se lá fora. Era Primavera e o calor era agradável. O café estava movimentado, mas o senhor tinha um carinho especial por eles. Avistou o senhor Felix entrando no café, dando-lhe um olá e se sentando com os filhos.

      As crianças deliciavam-se com o bolo e bebia refrigerante. O pai deles pediu um sanduíche e uma cerveja. Enquanto ele lia o jornal, as crianças falavam sobre arrumar um trabalho para terem dinheiro e poderem comprar mais bolo. Aquele bolo era o melhor do mundo! ".


De volta ao presente

- Allie? - Chamou seu pai, despertando-a das memórias do passado.

- Sim? - Perguntou ela voltando ao mundo real.

-Podemos ir? - Perguntou Felix fitando a filha, preocupado com a distração constante desta.

- Sim, vamos. - Disse ela dando uma última garfada no bolo, se levantando.


       Deixou uma nota de vinte dólares e mais uma de cinco. Acenaram se despedindo enquanto viam Ruan indo até a mesa pegar o dinheiro e limpar essa. Filha e pai caminhavam rumo ao carro dele. Tal como haviam planejado, entraram no carro e seguiram seu percurso.

      Felix dirigia devagarinho, com as janelas apertas. Allie estava sentada ao seu lado, observando o movimento das pessoas na rua. Pararam primeiro na floricultura onde ela comprou um buque pequeno e simples de flores brancas, Casablanc. Seu pai pegou alguns cravos. Pagaram e saíram de volta ao carro.

        O caminho até o cemitério de Canon era perto dali, o que era até bom. Ao chegarem, Felix desligou o carro e esperou um sinal da filha. Ela suspirou e com coragem, desceu do carro. O senhor bloqueou o automóvel e entraram no cemitério. O caminho era longo, mas ela sentia que fazia o certo de estar ali. Mesmo que ela e seu irmão não se dessem tão bem, ela sentia que precisava se despedir.

       Quando chegou à lápide que continha o nome de Finn Decker seu coração disparou. Toda tristeza que estava reprimida surgiu em suas lágrimas. Seu pai abraçou-lhe tentando conformando-lhe, mas chorou com ela também. Deixaram as flores e algum tempo depois, quando eles pretendiam ir embora uma voz de tosse chamou-lhes atenção.


- Olá Allie. Como vai detetive? - Perguntava Dolores, sua mãe que estava ali há pouco tempo.

- Olá Dolores. - Cumprimentou ela, limpando o rosto.

- Não seja rude. - Pedia Felix, indo até a esposa.

- Não serei, mas não posso deixar de ser justa. Ela podia ter ajudado Finn antes de ter acontecido tudo. Agora não adianta chorar na lápide dele. - Disse ela disparando todo ódio que sentia.

- Desculpe, estou de saída. - Disse ela querendo evitar discussão com a mãe, mas de nada adiantava.

- Não adianta fugir agora, não gosta de ouvir não é mesmo? Diga o que quer vindo aqui? - Pedia ela, encarando a filha que não sentia mais afeto.

- Deixe pai, já vou indo mesmo.

- Era isso que queria Dolores? Conseguiu. Porque não aproveita o tempo com sua filha? Deixe de ser rancorosa. Ela não podia evitar, não adianta querer culpa-la pelos erros de Finn. - Disse Felix, andando ao lado da filha para fora do cemitério com a esposa indo a frente deles.


        Entraram no carro, seguindo de volta o caminho. Allie pediu para ele deixa-la perto do ponto de ônibus, enquanto a mãe dela continuava dizendo besteiras. Ela despediu-se descendo do carro. O pai lamentou pelo encontro inesperado com a esposa, sabia que Dolores a culpava e talvez Allie até pudesse ter feito algo.

        Contudo não adiantava culpa-la. Isso só servia para se magoar e machucar os sentimentos da filha. No caminho de volta, o silêncio percorria o trajeto para casa. Allie desceu perto do café e voltou andando pelas ruas em sentido das lojas de brechó. Com a bolsa no ombro, ela caminhava observando os objetos a venda. Havia uma feira de livros usados também, onde ela entrou.

       Deu uma boa olhada na variedade, acabou comprando alguns. Pagou e voltou para o hotel. No caminho, parou no mercado e comprou algumas coisas para comer e de banho. No hotel, ela guardou as coisas de comida na geladeira, as de banho no banheiro e os livros ficaram com ela. Sentou-se no sofá e ligou a televisão.

       Passou pelas programações até encontrar o canal de Investigação Discovery. Passava partes de Polícia, estava quase no fim. Foi até a geladeira e pegou um pote de sorvete de chocolate. Pegou uma colher na pia e se sentou ali, mais à vontade. Tirou o casaco e se sentou à vontade.

      Comeu sorvete enquanto assistia outra programação do canal, amores ardentes. Em algum momento do fim da tarde, guardou o sorvete na geladeira e voltou para o sofá. Tirou os tênis e acabou pegando no sono.

        Quando acordou já eram quase nove da noite, com frio, levantou do sofá e foi para cama. Vestiu algo mais confortável e voltou para cozinha. Colocou a lasanha semi pronta no micro-ondas onde ela aquecia.

       Esperou o tempo enquanto pegava o prato e talheres. Pegou uma lata de Pepsi na geladeira também. De volta ao quarto, ela comia enquanto via televisão na cama. Mas ela já tinha vontade de ir embora ao dia seguinte.

O encontro com sua mãe foi pior do que ela pretendia.

(Como podia ser assim? Ela não era responsável pela contratação e não tinha experiência nem formação. Eu tentei, mas ele mesmo não se ajudou. Poxa Finn, só queria que tudo isso não tivesse acontecido dessa forma. Vou ver alguns filmes antes de pegar no sono de vez. ) Pensou ela antes de cair no sono. Assim, foi o primeiro dia de folga de Allie em Canon.

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora