Capítulo 59

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        Estava anoitecendo quando Filipha tinha finalmente arrumado tudo. O que ela considerava indispensável e perigoso de se perder, ela deixa na bolsa mágica. Stevan não entendia como ela podia colocar tanta coisa ali, então ela o pegou pela mão e convidou a entrar. Eles entraram na bolsa, descendo as escadas. O marido vampiro percebeu que aquilo parecia um porão, mas ao entrar, era como um enorme closet. Maravilhado com aquilo tudo, observava as prateleiras e armários enquanto Filipha lhe contava a história de como conseguiu a bolsa.  Ao saírem, ela fechou a bolsinha e essa parecia uma simples carteira feminina. 

- Uau! É realmente incrível. - Falou ele abismado. 

- Sim. Quer guardar alguma coisa? 

- Bom, podíamos guardar tudo! Moveis e demais coisa, assim não precisamos ficar mobilhando todas as casas onde ficarmos  o tempo todo. - Sugeriu ele. 

- Boa ideia. Mas você não pretende ficar com a casa? - Perguntou ela intrigada. 

- E podemos? 

- Claro que sim! 

- Achei que teriamos que ir embora para nunca mais voltar... - Comentou ele por cima. 

- Querido, só vamos viajar, tirar uma lua de mel longa e maravilhosa. Daqui alguns meses ou anos voltamos. Podemos hipnotizar alguém para limpar a casa e manter tudo em ordem. 

- Você é tão esperta! - Comentou ele orgulhoso da esposa, dando-lhe um beijo. 

        O casal vampiresco terminou de se arrumar e partiram. Antes de sair, Filipha hipnotizou uma vizinha para ela limpar sua casa e manter tudo em ordem. Tranquila, entraram no Mercedes e seguiram para o aeroporto. O carro levava apenas uma mala. A Vamp trouxe pouca coisa na mala dele, eles guardaram suas coisas importante, roupas e calçados na bolsinha magica da vampira. Só usavam a mala para não parecer estranho aos Sephts. 

       Chegando ao aeroporto, a viagem fluiu tranquila. Eram muitas horas, mas o importante era o destino de chegada. Stevan nunca tinha saído dos E.U.A por isso Filipha estava ansiosa por lhe mostrar o mundo, começando por seu país preferido: Itália. 

       Ao chegarem no aeroporto de Milão, eles não tiveram dificuldade de passar pela migração. Saíram do aeroporto e pegaram um táxi. Seguiam rumo ao centro da cidade, aproveitando o começo de uma nova vida e iniciando uma vida de casal. 

         Desceram em uma avenida conhecida e seguiram tirando fotos com o celular de ambos. Dali, pegaram um café para cada um e seguiram a procura de um hotel para passar a noite. Entraram em um motel, passando direto na recepção. 

- Olá senhores, boa noite. Em que posso ajudar? - Perguntou o rapaz da recepção, ele usava um terno simples e tinha o cabelo bem cortado. Ele tinha uma voz fina e um comportamento afeminado. Mas não era inconveniente. 

- Oi , boa noite. - Falou Filipha inquieta. 

- Boa noite. - Disse Stevan dando uma boa olhada do ambiente em si. 

- Queremos um quarto de casal por favor. O melhor da casa. Por duas noites seguidas. - Disse ela, que sabia que eles acordariam por volta das três da tarde ou mais. 

- Claro, teremos maior prazer. Jantar? 

- Já comemos, mas pode ser. 

- O que seria? 

- Risoto de frutos do mar, ostra e camarão. Champanhe e vinho branco. Aperitivos e sobremesa. Sobremesa pode ser frutas e chocolate. - Pediu Stevan com calma, enquanto o rapaz anotava no computador. 

- Bolo por favor amor. - Pediu Filipha. 

- Claro linda. - Disse ele, dando um beijinho nela. - Bolo também, morango e chocolate. 

- Que horas servimos? O jantar senhor. - Perguntou ele, com um cartão na roupa dizendo que seu nome era Estiven. 

- Nós vamos demorar. Quando chegarmos, daqui uma hora, duas ou mais até. Não sei. 

- Tranquilo. Servimos por 24 horas. - Sorriu o rapaz. 

- Perfeito. Obrigado Estiven querido. - Disse Filipha, esperando a chave do quarto. 

- Podem assinar por favor. - Pediu o rapaz, entregando o livro a eles. 

- Que tal, voce fazer isso por nós? - Pediu Stevan, tirando duas notas de cem. 

- Claro, senhor Ricardo. - Sorriu ele, aceitando o dinheiro. 

- Quanto fica o total? 

- Fica cem por noite, mais o jantar e café da manha. Trezentos e cinquenta. 

- Fique com o troco. - Disse o vampiro, entregando uma nota de 500. 

- Obrigado senhor. Quarto número 70 no quarto andar. Boa noite e bela estadia. - Agradeceu o rapaz, feliz pela sorte grande. 

- Pode deixar nossa mala no quarto? 

- Claro. - Disse ele se sentindo prestativo. 

- Obrigado, Boa noite para você também. - Agradeceu Filipha, indo embora com Stevan. 


        Dali fora em rumo a uma boate ali perto. O que parecia mais movimento, eles seguiram até entrar. Lá dentro, o som alto contagiava a todos na pista de dança. Terminaram o café e pegaram uma bebida no balcão. 

- Oi, turistas? 

- Sim. Somos de Chicago. - Disse Filipha sorrindo. 

- Já conheci, adorei a cidade mas é perigosa né? - Comentou a garota japonesa de cabelo curtinho, piercing no lábio e brincos na orelha. Ela era baixinha e magrela. 

- Mas ainda assim, é uma cidade boa. - Ressaltou Stevan. 

- São namorados? - Perguntou ela, interessada em Filipha. 

- Somos casados! - Disse Stevan, pegando Filipha pela cintura, dando aquele beijo de tirar o folego. 

         A garota ficou constrangida, mas não ligou. Ela era lésbica e tinha achado a vampira bonita. Acontece. Eles foram para pista de dança, onde se jogaram na batida. Mesmo não sendo o estilo de música deles, eles curtiam e se divertiam.  A noite estava só começando e a diversão vampiresca se resumia a comer e matar. Mas por agora, misturar-se aos humanos era necessário. 

        Depois de algumas danças, saíram da boate e continuaram andando. Admiravam a noite bonita que por coincidência, era inverno também em Itália. De mãos dadas, caminhavam pelas ruas falando sobre a cidade. Optaram por ir para o hotel e aproveitar o começo das férias com muito amor e sexo. Eles estavam felizes e apaixonados. Além de que tinham dinheiro e poderes paranormais. Como não ter uma vida boa assim? 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now