Capítulo 37

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         Um mês havia se passado, novos crimes aconteceram pelas mãos de ''Litlle Manny '' e Allie estava cada vez mais confusa com esses casos

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         Um mês havia se passado, novos crimes aconteceram pelas mãos de ''Litlle Manny '' e Allie estava cada vez mais confusa com esses casos. O estripador havia parado de atuar, mas em compensação o outro serial Killer vinha cometendo crimes com maior grau de horror. Sentada na mesa de sua sala, a detetive Decker comparava as imagens de vítimas dos dois psicopatas. Com ela estavam os detetives Noah, Oliver e Bruce. Foi então que ela percebeu uma coisa em uma das fotografias. Duas delas haviam penas pretas em ambos casos do Estripador, mas em Litlle Manny ele geralmente era mais ''relaxado''. Sempre levava alguma parte da vítima além de deixar a cena do crime uma completa bagunça. Então ela pensou um pouco.

(De fato são pessoas diferentes com mentes diferentes. Enquanto um é mais calculista, gosta de torturar, geralmente em becos e sempre homens. Quanto ao Litlle Manny, invadia casas, atacava vítimas mulheres também e não torturava. O que eu estou esquecendo?) Pensava ela, fitando com precisão as imagens.


- Pessoal, se eu disse-se a vocês que um dos nossos caras pode na verdade ser uma mulher? - Sugeriu Allie em voz alta, tendo atenção de seus colegas.

- Como chegou a essa ideia? - Perguntou Bruce surpreso.

- Bem, nos casos do Estripador ele sempre atacava homens violentos e com uma ficha criminal. Ele ou ela, gosta de torturar, como se desse a vítima uma correção ou castigo. - Dizia Allie levantando da cadeira, andando de um lado para o outro enquanto pensava nisso.

- É uma boa teoria. Mas só isso não justifica... - Comentou Oliver fazendo a detetive Decker pensar mais ainda.

- Talvez ele ou ela tenha parado. Talvez houvesse uma ligação entre os casos onde não percebemos. Mas falta algo.

- A impressão digital encontrada naquele pedaço de tecido não deu em nada. Talvez devêssemos dar uma boa olhada em todo sistema, digitais em qualquer crime, pequeno ou grave. Até das vítimas. - Sugeriu Noah.

- Pode ser. Vou pedir para o pessoal fazer isso. - Disse Oliver saindo da sala, fazendo sinal para Bruce vir com ele.

- Vamos pegar um café. Alguém quer? - Perguntou Bruce na porta, antes de ir.

- Eu quero! Com creme e canela. Umas rosquinhas também? Por favor... - Pediu ela, indo até a bolsa, pegou uma nota de cinco dólares e entregou a Bruce.

- Um café para mim também. Por favor. - Pediu Noah, sentado no mesmo lugar, a esquerda de Decker.

- Ok, até já pessoal. - Falou o policial, saindo.


      Os dois agentes ficaram conversando sobre a hipótese que Allie acabara de criar, enquanto Oliver e Bruce pediam para um colega que geralmente verificava as câmeras de segurança para ele checar todo o sistema. Ele disse que demoraria a semana toda, mas conseguiria. Eles agradeceram e saíram da delegacia, indo até a padaria mais próxima. Ao entrarem, esperaram na fila pela vez deles. Quando chegou a vez deles, Bruce fez o pedido:

- Olá, o que seria? - Perguntou a atendente exageradamente risonha sorrindo.

- Olá, três café grande e preto. Um café preto com creme e canela. E duas bandejas de rosquinhas e donuts, por favor. - Falou ele, enquanto tirava o dinheiro da carteira.

- Mais alguma coisa? - Perguntou ela sorrindo demais. Era gorducha, com muitas espinhas e usava aparelho. Era gentil, mas exagerada.

- Não, só isso mesmo. - Falou ele, esperando ela dizer o valor.

- Sete dólares. - Ela disse, recebendo uma nota de cinco e duas moedas de dois.

- Obrigado, tenha um bom dia!


      Eles saíram da padaria, Oliver segurava o café e Bruce levava uma sacola com as rosquinhas e os donuts. Atravessaram a rua conversando sobre como Chicago estava frio em comparação a Detroit. De volta a delegacia, eles entregaram o café aos colegas.

       Oliver atacou um Donuts e Noah deu um bom gole na bebida quente que caia muito bem no dia frio que estava. Allie bebeu um gole do café, apreciando o gosto do creme e canela. Mas ela tinha ficado com um pouco de creme no canto na boca, deixando-a engraçada.

- O que foi? - Perguntou ela, fitando os colegas que a encaravam contendo o riso.

- Você tem creme no rosto. - Falou Noah, enquanto ela sentava de volta no mesmo lugar ao lado dele. Passou a manga do casaco, mas não chegou nem perto da onde estava o creme.

- Não, mais no canto. - Falou Oliver, mostrando no rosto, mas Allie não sacou onde era.

- Aqui. - Disse Noah rindo, levando a mão fria ao rosto de Decker que ficou corada com o gesto dele. Passou o polegar, tirando o excesso de creme do canto da boca dela. A cena deixou a todos meio encabulados, principalmente Decker.


     A tarde passou rápida e logo chegou a hora de irem embora. Bruce se despediu saindo e levando com ele os originais das cópias que tinha deixado para os colegas. Embora o caso do Litlle Manny fosse dele, eles compartilhavam sugestões uma vez que eram o mesmo setor.

- Até amanhã detetive. - Falou Noah, sorrindo para ela.

- Até, agente. - Brincou ela, pois sabia que ele não era da polícia.

     Oliver acenou para ela um tchauzinho e entrou no opala. Decker entrou no carro dela que era bem mais comum e simples. Um gol de 4 portas, ela já tinha acabado de paga-lo a cerca de um ano. Chegando em casa, fez o de sempre. Tomou banho, releu os arquivos do trabalho, viu televisão enquanto jantava e foi dormir. Mas tudo que ela fazia, pensava em Noah.


       Naquele mês que passou voando, eles começaram a sair no fim da tarde. Nada demais só para descontrair, não era um encontro, longe disso. As vezes ele vinha até sua casa, sozinho ou com o irmão. Eles conversavam e falavam sobre o caso e um pouco da vida dele. Contudo não negava que o achava educado, gentil, inteligente e responsável. Além de que ele era bem mais alto que ela, era forte e tinha o cabelo na altura do pescoço. Ela tentava reprimir qualquer sentimento que tivesse em relação a ele que não fosse uma amizade, mas ela sabia que existia algo. Ela estava gostando dele. Mais do que devia. E procurava negar a si mesma isso.

     Pegou um livro daqueles que comprou na pequena viagem a sua cidade natal. Começou a ler, mas seus pensamentos a remetiam a Noah. Frustrada com esse sentimento estranho que não a largava, deixou o livro do lado e se forçou a dormir. Demorou mas dormiu, o pior era que ela sonhou com os irmãos, principalmente com o sorriso de Noah. Droga, ele estava até em seus sonhos. 

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now