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O resto da viagem foi tranquilo. Felizmente, o trânsito estava livre e chegaram mais cedo do que imaginado em Recife. Marília se sentiu muito nervosa quando passou pelo pedágio e o seu carro seguiu em frente. Sua família morava na Reserva do Paiva. O lugar era lindo, bem cuidado e exclusivo. Apenas pessoas de alto poder aquisitivo podiam morar nesta reserva.

— Uau... Que lindo. Sinto-me fora do País. — Maraisa comentou com os olhos fixos na janela.

Marília sorriu.

— É realmente lindo e maravilhoso também.

— Não consigo parar de olhar...
Á vista era linda, com muitas palmeiras e o mar acompanhando cada metro que o carro avançava. Existiam algumas mansões que eram de tirar o fôlego, como alguns hotéis, e condomínios.

— Estamos chegando. — Marília anunciou.

Ligou o alerta do carro, e virou. Parou o carro em frente de um grande portão que tinha uma câmera de segurança juntamente com um interfone. Abaixou o vidro do carro e apertou no interfone.

— Quem é? — Berrou uma voz que assustou ás três dentro do carro.

Marília revirou os olhos.

— Se você olhar pelo monitor de segurança, vai saber.

Um minuto depois. Outro grito. Marília estava rindo.

— Lila! Mainha, a Lila chegou! — Sua irmã gritou com o interfone ligado, então, o desligou e o portão foi aberto.

— Quem é essa?

— Minha irmã. Maiara. — Marília comunicou, então, olhou para ela. — Preparada?

— Sim! — Maraisa respondeu um pouco nervosa.

Marília avançou com o carro e percorreu alguns metros até parar na frente de uma enorme casa de vidro. Era simplesmente linda, e Maraisa ficou abobalhada como a mansão era imponente. Só tinha visto nos filmes uma mansão daquela... Além do mais, na beira mar.
 
— Se está assim á vendo por fora, vai enlouquecer quando a ver por dentro, e o outro lado que é de frente á beira mar. — Marília comentou com um sorriso.

As duas desceram do carro. Marília deu á volta para junto de Maraisa que abriu a porta traseira e estava preparada para tirar a Lia da cadeirinha quando Marília a segurou pelo braço, fazendo-a se virar para ela.

— O que foi? — Perguntou Maraisa um pouco preocupada.

Ao longe, Marília via a sua família se aproximando... Sua mãe, juntamente com o seu pai, e sua irmã. Não era boba, também viu uma resta no andar de cima, de uma janela. Pela estrutura corporal, deduziu que era a Lauana. Sentiu um misto de emoções e também um frio em todo o seu ser. Mesmo sabendo que encontraria a Laiana, ainda não estava preparada para isso. Droga! Tinha que ser bastante cautelosa e camuflar todas as emoções, não podia deixar que a Lauana percebesse que ainda sentisse alguma coisa por ela.

O motivo de ter levado a Maraisa para essa farsa era pra afirmar á todos que tinha superado, e não sentia mais nada pela Lauana. Tinha que dar todos os motivos para que eles acreditassem nisso.

— Precisamos demonstrar intimidade. —
Murmurou para Maraisa.

A sua família estava cada vez mais próximo. Podia escutar a voz de sua mãe.

— Fingiremos sem nenhum problema. Ok? — Maraisa a olhava diretamente nos olhos, sua testa estava franzida.

Marília estava sentindo cada vez mais agitada. Estava preste á entrar em pânico e não podia fazer isso. Era uma mulher controlada e não podia se dar ao luxo de perder o controle.

Respirou fundo, estava tudo sobre controle.

— Você está bem? Parece um pouco pálida.
— Maraisa perguntou aparentemente preocupada ao tocar o seu braço.

Uma calma extremamente fria invadiu a Marília quando sentiu a mão de Maraisa em seu braço. Ela olhou para a mão e depois para os olhos de Maraisa. A morena viu a frieza nos olhos da loira, achou que tinha errado em tocá-la, então, tirou a sua mão.

Ao vê-la recuar, Marília a puxou para os seus braços, a surpresa foi evidente nos olhos mel de Maraisa, mas antes que pudesse questionar sobre qualquer coisa... Marília baixou a cabeça e capturou os lábios de Maraisa em um beijo arrebatador. Uma corrente elétrica passou pelas duas quando os lábios se tocaram... Eletrizante e muito quente.

O corpo de Maraisa ficou amolecido, e Marília a abraçou possessivamente, enquanto os seus lábios se encaixavam e ela exigia com a ponta da língua passagem para a boca da morena, que gemeu entre o beijo e abriu a boca, ficando exposta e dada para Marília que não demorou muito para aprofundar a língua dentro da boca de Maraisa.

Ambas suspiraram. Beijaram-se com sintonia, as línguas se encontraram em toques presunçosos e provocativos, enquanto, Marília acariciava as costas de Maraisa e a puxava mais para o seu corpo, necessitando sentir mais ainda o calor e todas as curvas da morena em suas mãos.
Maraisa colocou as mãos trêmulas no pescoço de Marília e virou o rosto, encaixando mais os lábios.

A corrente elétrica continuava firme, os corpos unidos... A sensação de maciez dos seios se tocando, mesmo por cima da roupa. Elas sentiam as batidas frenéticas dos seus corações.

Marília sentia vontade de devorar Maraisa. Ficou surpresa pela reação do seu próprio corpo que estava fervente, e pulsativo. Ela queria mais, muito mais... O beijo era viciante, e mesmo com a oxigenação lhe falhando, não queria parar de beijar... A boca de Maraisa era como uma fruta proibida que quando se provava, mais queria. Seus sentidos estavam em alertas, e o seu sexo estava dando as primeiras palpitações. Prendeu as mãos nas costas de Maraisa, e a puxou mais ainda, não deixando que nenhum ar passasse entre elas. Sua vontade era de ser encaixar nela e saciar a fome que crescia dentro de si.
Maraisa subiu uma mão pelos seus cabelos e segurou firme, dando uma leve puxada. Isso foi o suficiente para enlouquecer a Marília... Quando ia encostar Maraisa no carro, escutou uma voz que fez toda a sua racionalidade voltar a si.

— Isso não é um beijo! É um desentupidor de pia! — Gritou a voz de sua irmã.

Marília sorriu entre o beijo, então, segurou as mãos no rosto de Maraisa e foi diminuindo o beijo até que se transformasse num selinho, antes mesmo de quebrar o beijo por completo, mordiscou o lábio inferior da morena e abriu os olhos.

Demorou uns segundos para que Maraisa abrisse os olhos. Ainda estavam bem próximas e os seus olharam nos olhos... Marília tinha os olhos faiscando, sua boca estava avermelhada e os lábios inchados pelo beijo trocado á segundos atrás. Ela ia sorrir para Marília quando se deparou com a frieza dos olhos verdes caramelizados.

— Estamos bem íntimas agora. — A loira murmurou contra os lábios da morena.

Marília a soltou e virou-se para a sua família, abrindo um enorme sorriso. Deu uma rápida olhada para janela, e a sombra não estava mais lá, uma felicidade quase sádica tomou conta de si... Se foi a Lauana que estava mesmo na janela, assistiu a cena de camarote, e isso era bom demais. Correu de braços abertos para eles, sendo acolhida pelos três num abraço coletivo, e com muitos beijos! Ela estava muito feliz por rever novamente os seus pais e sua irmã, quase choraram de tanta alegria.

— Que saudade de vocês, meus amores! —
Marília disse, dando um beijo na bochecha de cada um, e apertando firme em seus braços.

Mas em meio de tantos sorrisos, abraços e trocas de beijos, no fundo... Bem no fundo, sentia-se pelo avesso e tudo por conta do beijo que tinha dado em Maraisa...


MAIARA IRMÃ DA LILA POR UMA COISA QUE SÓ VÃO SABER LA PRO FINAL. BEJO🏃🏼‍♀️

Faz De ContaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora