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O que tinha essa mulher que a deixava dessa forma? Descontrolada? Marília sempre preservava o controle, mas parecia tão falho quando estava próxima de Maraisa. Era como se o seu cérebro se derretesse e se transformasse em uma geleia. Espantosamente, nunca tinha ficado dessa forma. Não por um desejo sexual que poderia se passar a qualquer momento.

Mas quando estava com os seus lábios no de Maraisa, parecia que essa sensação tão desconhecida dentro de si iria durar para sempre, e o seu ser desejava que demorasse. Era assustador e ao mesmo tempo, delicioso.

O beijo tinha se transformado em algo surreal. Não existia palavra para descrever a sensação dos lábios carnudos e desejosos nos seus. Maraisa a puxou para si, e as duas caíram na cama. O impacto dos corpos, as fizeram gemer.

Marília encaixou as pernas entre as pernas de Maraisa, e deixou que a mesma sentisse o peso do seu corpo, os seios se espremendo, enquanto, os lábios se devoravam... Era um beijo de língua, guloso. Os lábios roçavam-se, enquanto as línguas se enroscavam, querendo cada vez mais... Mordidas e chupadas nos lábios inferiores, alguns suspiros, e também arranhadas... As mãos de Maraisa estavam nas costas de Marília, a arranhando, e a puxando mais para si, enquanto, a Marília passava as mãos pelas laterais do corpo de Maraisa... O fogo tornando-se mais firme e queimando-as.

Maraisa deu um gemido ao sentir a língua de Marília passear em sua boca, e as mãos subirem pelo lado de dentro de sua blusa. O ar estava lhe faltando, mas não deixaram de se beijar, envolvidas demais para cogitar a hipótese de parar.

Quando o ar foi o vilão da história e a fizeram interromper o beijo, Marília desceu a cabeça e afundo no pescoço de Maraisa, dando chupadinhas quentes e marcadas. Maraida puxou a blusa de Marília para cima, enquanto, soltava uns gemidinhos baixinhos e a sua pele se arrepiava com a boca da loira, as suas mãos tocaram as costas macias de Marília, passou as unhas, e escutou um gemido rouco escapar da garganta de Marília, no mesmo momento que a morena empurrou o seu quadril contra o dela... Os seus sexos se  imprensaram as deixando loucas de desejo.

Marília colocou as mãos no rosto de Maraisa e ergueu um pouco o tronco, a olhando nos olhos... Os lábios de ambas estavam inchados, e os olhos queimando de desejo. O descontrole não estava em parte do plano... Mas, que se dane o plano! Marília queria apenas desfrutar das curvas sinuosas do corpo de Maraisa...

Raciocínio não existia mais no vocabulário de Maraisa. Ela nem se lembrava do porque tinha estado tão irritada, não se recordava de mais nada. A única coisa que queria era voltar a beijar os lábios doces de Marília. Inclinou o rosto para beijá-la quando algumas batidas na porta, a fizeram sair do torpor.

— Droga! — Marília se soltou de Maraisa rapidamente, na mesma medida que a agarrou e foi para a porta.

Maraisa ficou ainda deitada na cama, com aquele habitual sensação de abandono. Antes de abrir a porta, Marília lançou um olhar de “recomponha-se” para ela. E isso a magoou. Tudo aqui que antes estava a inflamando antes do beijo, retornou. Sentou-se na cama, e constatou que alguns botões de sua blusa foram perdidos.
Marília abriu a porta e deparou-se com a sua mãe que balançava a Lia que chorava. Rapidamente, a Maraisa surgiu na porta, empurrando a Marília e pegando a sua filha no colo.

— O que foi que aconteceu? — Maraisa perguntou, acalentando a sua filha nos braços que ia parando o choro ao ver que estava segura no colo de sua mamãe.

— Desculpe-me atrapalhar vocês... — Ruth disse, olhando para as duas que não estavam nada apresentáveis. — Ela começou a chorar e esfregar os olhinhos, acho que está com sono, ficou assim depois que dei iogurte á ela. Fiz mal? — Perguntou com ansiedade e também medo.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now