53

1.8K 246 126
                                    

Depois de um plasil, Marília estava se sentindo muito melhor. Não sabia o que tinha acontecido para essa onda de enjoo lhe acometer. Não tinha comido nada de errado. Aliás, não tinha comido quase nada hoje.


Receou comer alguma coisa. Vai que o seu estômago se rebelasse contra ela? Porém, estava com fome. Ficou sentada na cama por um bom tempo. Buscou o seu celular e viu o vídeo que Maraisa mandou por mensagem. O seu coração encheu-se de emoção ao ver a primeira palavra de Lia. Chorou emocionada.

Essa era a sua menina. Ficou entristecida por não ter visto pessoalmente. Mas amanhã iria buscar a Lia, e passaria o dia com ela. Era tão chato isso. Não ter a sua pequena inteiramente para si.

Se estivesse com a Maraisa, não sofreria disso. Mandou uma mensagem para Maraisa, avisando que buscaria Lia no outro dia. Esperou uma resposta, no fundo do seu ser, gostaria de conversar com a morena, mas não obteve nada.

A campainha tocou. Levantou-se e foi abrir.

Uma breve esperança achou que era Maraisa, mas sabia que a morena não iria aparecer por lá nem tão cedo. E acertou, não era ela. Era o Murillo.

— O que aconteceu com você? — Perguntou assim que o viu. Estava com o olho roxo, e sua expressão não era nada boa.

Ele passou por ela, estava mancando. Parecia que tinha recebido uma bolada no meio das pernas.

— A louca de sua mulher me atacou. — Murillo esbravejou. Procurando um lugar para se sentar. Escolheu o sofá, a garrafa de vinho ainda se encontrava por lá. Não se preocupou com os bons modos, tomou um gole no gargalho mesmo.

Marília ficou surpresa. Fechou a porta e olhou para Murillo. Era inacreditável que Maraisa tivesse feito isso com ele. Mas conhecendo a morena, não era de estranhar. Lembrou-se da surra que deu em Lauana.

— Por que ela fez isso com você? — Marília
perguntou rindo. — E cadê o meu sorvete?

— Isso não é engraçado. — Murillo retrucou. — E eu lá vou saber? Estava pra entrar no condomínio quando aquela demônia me abordou, parecia uma louca. Socou-me no olho, depois no saco. Falar nisso, preciso de gelo para os dois lugares. — Depois a olhou sério. — Tomei dois socos e você vem me perguntar de porra de sorvete? Caiu quando fui agredido.

Realmente... Maraisa era uma caixinha de surpresa. Foi na cozinha em busca de gelo, porém, encontrou apenas saco de batatas congeladas. Era melhor do que nada. Voltou para sala. Jogou os sacos no colo de Murillo.

— Se eu ficar estéril, a culpa é dessa louca. Aquilo é uma mão ou uma pedra? — Murillo abriu a sua calça sem nenhuma cerimônia e abaixou a cueca, colocou o saco de batata em cima de suas genitálias, gemendo de satisfação.

— Lembre-me de jogar esse saco depois disso. — Marília fez uma caretinha e deitou-se no outro sofá, de frente para o Murilo. — Espera... Isso foi agora? Quer dizer, ela te atacou agora? Ainda está lá em baixo?

— Faz uns dez minutos ou mais. Passei muito tempo ajoelhado esperando que a dor parecesse um pouco para poder me levantar. — Murillo colocava o outro saco no olho. — Ela entrou no táxi e foi embora, ainda me deu dedo.

Marília não se aguentou e caiu na gargalhada. Era cômica demais a situação. Maraisa pequenina nocauteando o Murillo. Murillo ficou com a cara de poucos amigos, mas a loira não se importou estava engraçado demais a imaginação.

Minutos depois, surgiu Maiara e Alexia. Os dois observaram a ruiva levar a Alexia para porta e se despedir estranhamente da garota. Marília e Murillo se entreolharam, depois Maiara fechou a porta e jogou-se no outro sofá.

Faz De ContaWhere stories live. Discover now