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Enquanto isso, na casa de Danilo o clima era de muita alegria. Tinha até estourado um espumante para comemorar a chegada de sua irmã. Gustavo estava na sala, compartilhando da felicidade, porém, para si foi apenas um copo de água com algumas pedras de gelo. Não podia reclamar. Estava de repouso mesmo.


Rô apaixonou-se por Lia. Era a sua primeira sobrinha, e por tanto, o seu xodó. Trouxe muitos presentes para a pequena, e a mimou bastante enquanto os olhos de Lia aguentaram ficar abertos. Fez questão de ninar a pequena até a mesma dormir. Depois a colocou no berço, ficou admirando a beleza da menina antes de voltar para a sala.

— Juro á você que estou apaixonada. — Rô disse ao se sentar no sofá e buscar a sua taça de espumante. — Que bochechas são aquelas? E os olhos? E o cabelo? E o sorriso? Tipo, é a perfeição.

Danilo riu.

— Genética perfeita.

— Com toda certeza, meu irmão. — Rô deu um gole de sua bebida. — E a mãe da Lia? É tão linda quanto à filha?

— Sim, Maraisa é muito bonita. — Quem respondeu foi o Gustavo.

Danilo destravou o celular e mostrou a foto de Maraisa para a sua irmã.

— Uau... — Rô ficou de boca aberta ao ver a Maraisa. — Santa Madre Inês Brasil! Essa mulher é espetacular... Quero muito!

Danilo riu com o jeito de sua irmã. Rô era lésbica assumidíssima e também um pouco descarada. Quem ficou desconfortável com o comentário foi Gustavo. Ele se levantou e educadamente se despediu, foi para o seu quarto.

— Disse alguma coisa errada? — Rô o acompanhou com o olhar, e falou assim que o viu entrar no quarto. Olhou para o seu irmão.

— Maraisa é casada com Marília, a irmã do Gustavo. — Danilo comentou. — Eu te contei não se lembra?

— Como você acha que eu iria me lembrar de alguma coisa depois que vi essa gostosa? — Rô brincou, depois ficou séria. — Achei que tinha me dito que elas tinham se separado.

— É complicado. — Danilo fez uma careta. — Estão tentando se acertar. Bem... Marais está tentando voltar, mas a Marília está bem irredutível. Existe muita tensão e tristeza entre ás duas.

Rô ficou um pouco pensativa. Relacionamento era uma droga, porém, amava os efeitos. Fazia poucos meses que tinha terminado com a sua namorada, e estava louca para embarcar em uma nova aventura.

— Acho que serei o santo remédio para Maraisa curar o seu coração de tanta tristeza. O que você acha, irmãozinho?

— Que você não se meta nessa casa de vespa. — Gilberto se levantou, o seu olhar era de advertência. — Marília é uma mulher muito educada, mas quando é pra descer o barraco, não se importa de fazer.

— Isso foi pra me desestimular? — Rô riu. — Você sabe que não tenho medo de mulher. Se ela me atacar, vou atacar também. E outra, meu querido... Deixar uma mulher como Maraisa á solta para as lobas é pedir pra levar rasteira.

— Rô... Rô... — Danilo revirou os olhos. — Não brinca com fogo.

— Você deveria ter pensado nisso antes de me mostrar essa belezura. Ainda me colocou pra dividir a cama com ela. Que delícia. — Rô piscou maliciosa.

Danilo riu. Não tinha como ficar aborrecido com a sua irmã. Era uma figura. Deu um beijo na testa da mesma, e desejou uma boa noite, depois foi para o seu quarto, encontrando Gustavo emburrado.

— Amor que cara é essa? — Danilo perguntou depois de fechar a porta.

— Acho que sua irmã será um grande problema em relação á Maraisa. — Gustavo soltou sem se preocupar em ser delicado.

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