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A noite foi horrível para a Marília e Maraisa. Quando finalmente pegaram no sono, estava quase amanhecendo... E não tiveram muito tempo para aproveitar de descanso porque a Lia que tinha quase hibernado acordou super animada.


Ela falava em sua língua estranha, estava sentada e olhava para as duas mulheres destruídas na cama. Primeiro olhou para mãe, depois para a desconhecida. Achou mais interessante à desconhecida. Colocou as suas mãozinhas no colo de Marília e se ergueu, colocando todo o seu peso em cima de Marília que acordou assustada.

Marília ficou um minuto desnorteada, mas assim que viu Lia recordou-se de tudo e por reflexo segurou a menina que já estava pendurando para o lado e quase caindo. Foi assustador para Marília imaginar a Lia caindo no chão e batendo a cabeça. Já para Lia que não tinha noção da realidade, achou muito divertido ser pega dessa forma e soltou uma de suas gargalhadas, o que acordou a Maraisa.

— Ah... O que... — Maraisa sentou-se esfregando os olhos. — Que horas são?

— Não sei. — Marília ainda estava gelada por dentro por medo. Lia a olhava ainda rindo. — Ela ia caindo, eu a peguei.

— Ah, meu Deus. — Maraisa estendeu os braços para sua filha. — Vem pra mamãe?
Lia olhou para os braços de sua mãe e depois para o rosto. Balançou a cabeça em negativa, mas depois se jogou nos braços de Carla.

— Bom dia minha princesa. — Deu um beijinho na bochecha dela e levantou-se. — Vamos tomar um banho, comer e depois aproveitar esse solzão?

Lia batia palminhas e babava, sem entender nada, mas olhava pra sua mãe com adoração. Marília ficou olhando para as duas, e depois sorriu ao ver o carinho que a Maraisa tinha por sua filha. Realmente, era uma ótima mãe.

Maraisa olhou para Marília e sorriu.

— Bom dia pra você também e obrigada por segurá-la.

— Bom dia, Mara... E de nada. Eu nunca permitira que ela caísse. — Marília sorriu.

As duas trocaram olhares por uns segundos. Cada uma admirando a beleza natural da outra. Então, Maraisa pegou a bolsa de Lia e também uma sua e foi para o banheiro. Iria fazer a sua higiene matinal, depois da filha.

Marília olhou para o relógio em cima do criado-mudo. Eram dez horas da manhã. Razoável. Aproveitou para olhar o seu celular, tinha algumas mensagens de Naiara sobre a clínica no whatsapp, nada demais. Pensou em tirar um cochilo, ainda estava com sono e sua cabeça doía um pouco, mas não o fez. Esperou que Maraisa desocupasse o banheiro.

Nunca tinha passado uma noite tão difícil em sua vida. O seu corpo estava dolorido, e quase não teve paz. Tudo por conta desse desejo que estava nutrindo por Carla. Suspirou resignada. Levantou-se e buscou em sua mala um biquíni e também um vestido leve.

Maraisa saiu do banheiro. Estava com uma saída de banho e por baixo um biquíni. Marília não sabia muito bem como era, porque a saída era grossa, a única coisa que dava para ver que era da cor vermelha. Hum... Interessante. Lia estava com um maiô rosa e óculos de sol. Estava lindinha e dava vontade de mordê-la.

Marília percebeu que estava se afeiçoando na menina... Ela era um amor e não dava dor de cabeça. Sem contar que as gargalhadas e os sorrisos sem dentes eram graciosas.

— Você tem alguma programação para hoje? — Perguntou Marília olhando para morena.

— Vou apresentar o mar á Lia. Vai ser o seu primeiro banho de mar. — Maraisa disse com um sorriso e balançou a filha nos braços que riu.

— Eu vou acompanha-las. É bom que a minha família nos vejam unidas. Tudo bem?

— Sim. Eu vou descer para dar o café da manhã e também tomar. Espero-te lá embaixo. Ok?

Faz De ContaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora